CIDADANIA 27/06 12h20

foto: Victória Monteiro /Nucom Seac

No lançamento do 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado na noite desta terça-feira (20), em Belém, o programa Territórios pela Paz (TerPaz) do governo do Estado, teve destaque especial. O TerPaz é uma iniciativa que busca integrar a segurança pública com ações de cidadania, visando a transformação social e a melhoria da qualidade de vida nas áreas mais vulneráveis.

No expositor do TerPaz, representantes da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), órgão responsável por coordenar o programa, apresentaram uma maquete detalhada dos espaços físicos das Usinas da Paz. Essa ampliação do programa ocorreu por meio das Usinas da Paz, que são espaços comunitários onde são oferecidos serviços públicos e atividades de cidadania, como esporte, cultura, educação e capacitação profissional.

"O TerPaz é um programa transformador que está gerando impacto positivo em vidas, empoderando comunidades e promovendo a paz. Através de uma abordagem integrada entre segurança pública e ações sociais, estamos construindo um futuro melhor para as áreas mais vulneráveis. Com as Usinas da Paz como símbolo de nosso compromisso, oferecemos serviços públicos, atividades e espaços de cidadania. Estamos orgulhosos em compartilhar nosso sucesso no 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, buscando disseminar boas práticas e encontrar soluções conjuntas para os desafios na área de segurança pública”, informou Igor Normando, titular da Seac.

Durante o evento, os representantes da Seac compartilharam informações sobre a experiência e os resultados obtidos com o TerPaz. Desde 2019, o programa já realizou mais de 2 milhões de beneficiamentos, promovendo a redução da violência e o fortalecimento das relações comunitárias nos territórios atendidos, através de uma abordagem integrada entre as secretarias estaduais e órgãos parceiros. 

Segundo o diretor geral do Núcleo de Relações Institucionais da Seac, Julio Alejandro Quezada Jelves, representantes do Fórum Nacional de Segurança Pública escolheram Belém para sediar o evento, após uma visita técnica nas Usinas da Paz. “Em janeiro deste ano, Samira Bueno que é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública veio para uma atividade com a Polícia Civil do Pará e nós a levamos para conhecer, durante a noite, a Usina da Paz da Cabanagem e ela ficou surpresa com o conjunto de atividades sendo oferecido, mesmo sendo a noite, como aulas de hidroginástica, robótica, esportes e alfabetização dentro do complexo. E achou apropriado trazer o Fórum que justamente busca estabelecer uma conexão entre políticas de inclusão social e segurança pública em Belém. Isso é fantástico, mostra como o programa TerPaz e as UsiPaz estão sendo modelos de inovação para o Brasil”, concluiu Alejandro.

O público presente teve a oportunidade de conhecer de perto os benefícios proporcionados pelo TerPaz e as conquistas alcançadas até o momento, principalmente após o funcionamento das Usinas da Paz, que são grandes complexos multifuncionais e extensões do programa TerPaz, atualmente nove estão em funcionamentos na região metropolitana de Belém e sudeste do Estado. A maquete das Usinas da Paz chamou a atenção dos participantes, ilustrando de forma concreta a infraestrutura e as atividades oferecidas nesses espaços de promoção da cidadania.

Modelo de política pública - O programa TerPaz tem se mostrado um exemplo de sucesso na integração entre segurança pública e ações sociais, demonstrando que é possível transformar realidades por meio de políticas abrangentes e participação comunitária. A presença no 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública permitiu que essa experiência fosse compartilhada com gestores federais, estaduais e municipais, pesquisadores acadêmicos e representantes da sociedade civil de todo o país, promovendo a disseminação de boas práticas e a busca por soluções conjuntas para os desafios enfrentados na área da segurança pública.

O secretário de segurança pública do Piauí, Chico Lucas, ficou interessado e encantado ao conhecer mais sobre a experiência do TerPaz. “O Pará é referência na redução da violência com esse conceito de não trazer só a repressão policial, mas também e principalmente levar serviço cidadania, tudo aquilo que as pessoas esperam do Estado fornecer. Então, eu quero aqui parabenizar o governador Helder Barbalho e toda equipe da segurança pública e da cidadania. Realmente é muito importante que o Estado não seja só repressor, que seja também essa mão assistencial que é dar oportunidade para os jovens e levar um pouco de cultura e lazer para todos”, disse.

O 17º encontro do FBSP tem correalização do Governo do Estado do Pará, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (SEGUP) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). A programação segue até o dia 22, com diversas mesas de discussão, que serão realizadas no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia (Hangar).

A programação completa está disponível no link . Na página, é possível localizar as mesas, os participantes e os horários das atividades.

Texto: Paulo Garcia /Nucom Seac


CIDADANIA 27/06 11h27

A programação contou com apresentações regionais, bingos, brincadeiras, venda de comidas típicas e artesanato.

foto: Lucas Sousa /Nucom Seac

Foi realizado na noite desta sexta-feira (16), o Arraiá da Família UsiPaz, na Usina da Paz Antônia Corrêa, em Marituba. A iniciativa é da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac). Durante a programação, houve duas premiações de bingo. A dona de casa, Angela Maria, uma das ganhadoras do bingo, ficou emocionada ao receber o prêmio. “Eu tava na expectativa se iam chamar o número que falta para mim. Quando chamaram dei um grito logo. Fiquei muito feliz”, disse Angela. 

O evento também contou a apresentação do cantor Walter Melo e da quadrilha Império que agitou os moradores. A coordenadora geral da UsiPaz Antônia Corrêa, Patrícia Abdon, ressaltou o sucesso do arraial. “A cultura de São João é forte aqui em Marituba. Então, a gente não tinha como deixar de trazer quadrilha, carimbó e música regional. É uma forma de trazer a comunidade, não só para conhecer os cursos e atividades que a usina oferece, mas também para um momento de lazer”, ressaltou a gestora. 

A costureira, Eliana Rocha, estava curtindo bastante a festa e aproveitou para trazer toda a família. “Eu não podia ficar de fora. Sou fã dessa Usina, já fiz vários cursos como corte e costura, ritmos e agora estou pretendendo fazer hidroginástica. E não dava para deixar de participar da festa junina, não é mesmo?”, indagou a moradora. 

Também teve desfile infantil de miss caipira. A professora Letícia Matos, mãe da miss caipira de 5 anos, a Aurora, estava acompanhando com a filha. “Viemos com a intenção de nos divertir e sairemos daqui muito felizes. A Aurora ganhou o desfile e ainda ganhou vários prêmios nas brincadeiras voltadas para as crianças, ela está adorando e eu to achando superlegal”, disse Letícia. 

A festa foi animada também para os funcionários da UsiPaz, como foi o caso de Nilde Neves, que estava com trajes de carimbó, esperando a quadrilha se apresentar para dançar junto. “Está tudo muito lindo. Eu amo carimbó, estou ansiosa para as apresentações de dança, vou dançar muito, está tudo de bom”, elogiou Nilde. 

Também houve venda de comida típica para o público do festejo. O complexo disponibilizou barracas de vendas para moradores do bairro que frequentam a UsiPaz e também para os alunos de gastronomia. “Perguntamos para nossas turmas quem tinha interesse em fazer vendas e eles deram os nomes. Agora, estão vendendo o que aprenderam fazer aqui no curso de comidas típicas juninas, a dona Dorinete que fez o curso de brigadeiro de milho e hoje está aqui ganhando uma renda extra”, disse Udsom Felipe, coordenador de gastronomia da UsiPaz Antônia Corrêa.

Serviço -  Os festejos juninos só começaram. Confira os próximos arraiais nas Usinas da Paz e participe, a entrada é gratuita e livre para todas as idades: 

17/06 - UsiPaz Pe. Bruno Secchi (Bengui), de 9h às 12h e de 17h às 21h
Estrada do Bengui, ao lado do Parque de Retenção do Detran, bairro do Bengui, em Belém.

17/06 - UsiPaz Parauapebas, a partir das 19h. 
Avenida D, Quadra 101, bairro Jardim Tropical, em Parauapebas.

21/06 - UsiPaz Guamá - a partir das 18h
Avenida Bernardo Sayão, 4783, entre Passagens São Lázaro e Rui Barbosa.

22/06 - UsiPaz Jurunas/Condor - a partir das 18h
Travessa Quintino Bocaiúva, S/N, entre São Silvestre e Bernardo Sayão (em frente à UPA do Jurunas).

23/06 - UsiPaz Terra Firme - a partir das 16h
Passagem Belo Horizonte, entre Avenida Perimetral e a Passagem do Arame, ao lado do terreno da Eletronorte. 

30/06 - UsiPaz Prof. Amintas Pinheiro (Icuí-Guajará), a partir das 17h.
Estrada do Icuí-Guajará, esquina com a Avenida Independência, bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua.

30/06 - UsiPaz Cabanagem - a partir das 16h
Avenida Damasco, 37, Cabanagem. 

Texto: Aline Seabra /Nucom Seac


CIDADANIA 20/06 13h01

Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará

Cumprindo agenda na região de Altamira, o governador do Estado Helder Barbalho oficializou, na tarde desta sexta-feira (16), a construção da Usina da Paz, na cidade, que pertence a região de integração do Xingu, no sudoeste do Estado.

Neste mês de junho, a obra entra na fase de fundação. “É um momento muito especial quando iniciamos as obras da Usina da Paz de Altamira, atendendo esta região da cidade. Implementando aqui serviços fundamentais de cidadania, de segurança pública e garantindo, a partir deste equipamento social, que a população local possa ter oportunidades. Com a certeza de que este programa muda a realidade social, cuida das pessoas e consequentemente traz a paz social”, informou o governo Helder Barbalho.

Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará

O ato de assinatura da ordem de serviço foi acompanhado pela vice-governadora Hana Ghassan, o prefeito Claudomiro Gomes, demais autoridades estaduais, municipais e representantes da comunidade.

Novas perspectivas

Com o novo aparelho público, Altamira terá a oportunidade de vivenciar a redução da violência e o processo de transformação social por meio de ações integradas que promovem cidadania, saúde, segurança, qualificação profissional, esporte e lazer, abrindo portas para novas conquistas.

A comerciante Célia Gonçalves mora no bairro onde está sendo construída a UsiPaz. “A minha expectativa é muito grande porque nós estamos aqui em um bairro carente que precisava de um espaço desse para receber as necessidades das nossas famílias, como saúde, educação… acredito que vai trazer muitos benefícios”, pontuou.

Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará

Quando a técnica de enfermagem Domingas Rocha descobriu quais serviços serão ofertados pela Usina da Paz, a alegria e a expectativa tomaram conta. “Muito bom saber que esse projeto vai trazer benefícios, principalmente para os jovens que estão sendo desperdiçados porque muitos não têm oportunidade. Por isso estou muito grata pela vinda da Usina da Paz, em Altamira, eu tenho filhos e netos que agora vão ter mais oportunidades, para ajudar no mercado de trabalho”, comentou Domingas.

O presidente da Associação dos moradores do bairro São Francisco, Daniel Batista, ressaltou a importância do projeto na região. “Um complexo dessa estrutura vai ser muito bem-vindo, vários bairros vão ser contemplados, alcançando muita gente que está precisando. Estamos otimistas com este projeto que está chegando para Altamira, vai atender muitas demandas principalmente na área social, emissão de documentos, cursos... Nós estamos precisando bastante”, avaliou o morador.

Parceria - As obras serão realizadas por meio de um termo de cooperação com a empresa Norte Energia, em um terreno doado pela prefeitura de Altamira, localizado na Rua-18, no bairro São Francisco. 

Meta - Esta UsiPaz se juntará às demais já em funcionamento na Região Metropolitana de Belém e no Sudeste do Estado: Usinas da Paz Professor Amintas Pinheiro, no Icuí-Guajará, em Ananindeua; Antônia Correa, no bairro Nova União, em Marituba; Padre Bruno Sechi, no Bengui; as UsiPaz Cabanagem, Guamá, Terra Firme e Jurunas/Condor, em Belém, e as Usinas de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste paraense. Além da UsiPaz Altamira, a Usina da Paz Marabá também está em construção.

Apenas em 2023, o governador Helder Barbalho anunciou a construção das Usinas da Paz em Bragança, Cametá, Abaetetuba, Castanhal, Paragominas, Tucuruí, Santa Izabel do Pará, Redenção e Itaituba. O objetivo do Governo do Estado é entregar 40 Usinas da Paz até o final da atual gestão, em todo o território paraense.

A construção e a oferta de serviços das Usinas da Paz obedecem a um modelo único, em que cada complexo tem o mesmo projeto arquitetônico e oferece a mesma quantidade de serviços, todos gratuitos, como atendimento médico e odontológico, consultoria jurídica, emissão de documentos, capacitação técnica e profissionalizante, campo de futebol, quadra de areia, espaço para artes marciais (dojô) e atividades culturais, piscina, salas de audiovisual e inclusão digital, além de eventos e encontros direcionados à comunidade.

Texto: Paulo Garcia /NUCOM SEAC


CIDADANIA 20/06 11h56

A palestra, que teve foco em vendas nas mídias sociais, foi assistida por moradoras e alunas de três escolas de Ananindeua.

Foto: Marília Sousa /Nucom Seac

Foi realizada na manhã desta quarta-feira (07), uma palestra sobre Empreendedorismo, Marketing Digital e Vendas através das Redes Sociais, na UsiPaz Prof. Amintas Pinheiro, localizada no bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua. A iniciativa é da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac).

A palestra foi intermediada pela primeira-dama do município de Parauapebas, Carolina Silva, que também é empresária e influenciadora digital. “Esse é um projeto-piloto que tem levado conhecimento para juventude feminina, agrega tanto na minha vida, quanto na vida de quem assiste levando conhecimento para a galera que realmente precisa”, ressaltou a Carolina Silva. 

Foto: Marília Sousa /Nucom Seac

Durante as palestras, alunos das escolas estaduais Maria de Nazaré Marques Rios e da escola municipal Novo Tauari aprenderam mais sobre o início de carreira e como inovar no método de vendas online, mantendo uma presença forte nas redes sociais.

Elaine Brito, de 34 anos, tem uma loja de bolos e ficou sabendo da palestra através de sua afilhada. “Quando publicaram no grupo da escola da minha afilhada, eu me interessei e perguntei se eu podia participar, pois estou começando com as vendas de bolo. Acho muito importante me encaixar para poder conseguir mais clientes e saber divulgar meu trabalho”, disse Elaine. 

Já para quem está desempregada, que nem Maria Eliane Andrade, de 51 anos, a palestra foi fundamental para se atualizar para o mercado de trabalho. “Hoje em dia, a Era Digital está a frente de tudo. Então, se você não se atualizar você fica para trás seja na venda ou no seu dia a dia. Não tem mais como fugir, tudo que for somar, a gente deve aprender um pouco mais, pois nunca é tarde, nem para quem tem mais idade, nem para quem tem pouca idade, você chega lá, se tiver foco e determinação”, enfatizou Maria Eliane.

Maria Eliane Andrade - participante da palestraMaria Eliane Andrade - participante da palestra /Foto: Aline Miranda /Ascom Emater

A secretária adjunta da Seac, Alessandra Amaral, destacou a importância da ação para a comunidade de Ananindeua. “A Carol Silva é jovem. Ela é empreendedora, empresária e ensinar os nossos jovens a vencer na vida através das redes sociais é muito importante”, ressaltou a Alessandra. 

O coordenador geral da UsiPaz Prof. Amintas Pinheiro, João Santos ressaltou a relevância da palestra para as jovens do bairro. “O empreendedorismo e o marketing digital através de todo o conhecimento adquirido dentro da UsiPaz faz com que essas pessoas tenham uma melhor divulgação do seu trabalho, ficando mais eficaz, possam obter um recurso através daquilo que é produzido nas redes sociais”, explicou o gestor. 

Texto: Aline Seabra em colaboração com Marília Sousa /NUCOM SEAC


CIDADANIA 19/05 12h54

Conheça mulheres fortes que encontraram na UsiPaz uma comunidade de apoio para enfrentar os desafios da maternidade.

O Dia das Mães é uma data especial, que celebra o amor e a dedicação que essas mulheres têm pelos seus filhos. De acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11 milhões de mulheres são mães solo no Brasil, e a maioria delas pertence às classes C, D e E e não tem ensino superior. Essas mulheres têm maior dificuldade de encontrar oportunidades de emprego e sem apoio suas vidas tornam-se ainda mais desafiadoras. 

As Usinas da Paz visam promover a segurança e o desenvolvimento social em áreas vulneráveis, oferecendo aulas de esportes, recreação, cultura e arte, cursos de capacitação e profissionalização, atendimento médico e odontológico, assistência jurídica, psicológica e social, emissão de documentos, entre outros serviços, para crianças, jovens e adultos. Além de inclusão social, geração de renda e o fortalecimento da comunidade por meio das atividades oferecidas.

Luzia Deise Monteiro e o filho Emanuel DanieloLuzia Deise Monteiro e o filho Emanuel Danielo /Foto: Arquivo Pessoal

Luzia Deise Monteiro, mãe do Emanuel Danielo, de 8 anos, é um exemplo de amor incondicional e capacidade de agir em situações críticas. Ela trabalha como vigilante na UsiPaz Guamá e recentemente participou de um treinamento de primeiros socorros, oferecido para todos os funcionários do complexo. Graças a esse aprendizado, ela conseguiu salvar seu filho, que estava engasgado com um pedaço de carne durante um churrasco de família. 

"Muitas vezes ouvimos que aconteceu isso na vida de alguém e pensamos que nunca pode acontecer com a gente. Eu nunca imaginava que isso ia acontecer comigo e se eu não tivesse tirado um tempo para eu aprender, talvez meu filho não iria, mas estar aqui, pois minha mãe fez tava totalmente errado, mas entendo ela, pois ela não tinha o conhecimento que eu tenho agora. Estou muito grata a Deus pelo que aprendi, dei a vida ao meu filho duas vezes", diz emocionada.

Pamela Gonçalves é mãe de dois filhos, Pedro Henrique, de 10 anos, que tem Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade, e Maisa Karoline, de 8 anos, para sustentá-los, ela faz chopp de frutas para vender em torno do complexo. Na UsiPaz Cabanagem, ela encontrou um apoio para a socialização e desenvolvimento dos seus filhos, que fazem futsal, karatê e aulas de reforço escolar, atividades que ela não teria condições de oferecer para seus filhos, já que está desempregada. 

 Pamela Gonçalves e seus filhos Pedro e MaisaPamela Gonçalves e seus filhos Pedro e Maisa /Foto: Matheus Maciel /Nucom/Seac

"Meu maior desafio quando me tornei mãe foi o medo de não conseguir ser uma boa mãe e de não saber educar adequadamente, além de não poder dar uma boa segurança para meus filhos. A Usina transformou a minha vida e deles, pois encontrei apoio na questão esportiva serve como uma terapia. Ele e minha filha, hoje, podem fazer as atividades que sempre quis. Me sinto acolhida aqui", conta Pamela.

Já Sâmia Santos, mãe de Valentina, de 5 anos, encontrou na UsiPaz Pe. Bruno Sechi, localizada no bairro do Bengui, uma oportunidade para se tornar uma profissional e mudar sua vida. Ela está fazendo curso de Corte e Costura e encontrou não só um meio de sustento, mas também uma nova forma de recuperar sua autoestima e sonhar. 

Sâmia Santos e sua filha ValentinaSâmia Santos e sua filha Valentina /Foto: Victor Nylander /Nucom Seac

 “Eu tinha uma vida apagada, sem brilho e sem motivação, e isso afetava não só a mim, mas minha filha também, por isso, a Usina foi uma luz no final do túnel e uma nova chance de sonhar, especialmente agora que estou esperando mais um bebê. Como mãe, saber que tenho a UsiPaz para me apoiar, me deixa feliz e segura para criar meus filhos como sempre quis”, diz Sâmia.

A psicóloga da UsiPaz Terra Firme, Saralene Souza, explicou que o contexto social influencia bastante na forma que a mãe desempenhará a maternidade. “O serviço de psicologia daqui do espaço recebe muitas demandas de mulheres que estão em situação de vulnerabilidade social e econômica. Com a UsiPaz, elas têm a oportunidade de investir no autoconhecimento, fortalecer a autoestima e desenvolver a autoconfiança através da psicoterapia”, explicou Saralene. 

Saralene Souza, psicóloga na UsiPaz Terra FirmeSaralene Souza, psicóloga na UsiPaz Terra Firme /Foto: Marco Naziazeno /Nucom Seac

“O atendimento psicológico que a Usina oferece valoriza a subjetividade de cada uma, para que essa mulher sinta-se a protagonista e detentora de suas decisões, independentemente de quais sejam. Além de disponibilizar, para as mulheres, diversos cursos profissionalizantes que auxiliam na geração de renda para a família, como também palestras, acesso à cultura e lazer, rodas de conversa e diversos serviços para a população”, ressaltou a psicóloga.

Essas são apenas três histórias de muitas outras mães guerreiras e inspiradoras que existem.  A Usina da Paz é um projeto integrado ao programa estadual Territórios Pela Paz (TerPaz), elaborado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), que consiste na articulação de políticas públicas de inclusão social que secretarias, fundações e órgãos da administração direta e indireta desenvolvem por meio de programas e projetos organizados.

Texto: Aline Seabra /Nucom Seac


CIDADANIA 19/05 12h39

Foto: Divulgação

Neste sábado, dia 13, é comemorado o Dia Municipal da Capoeira em Belém, pensando nisto, a Usina da Paz Antônia Corrêa, em Marituba, em uma parceria com a ACANP (Associação de Capoeira Arte Nossa Popular), promoveu a Roda Show de Capoeira, contando com uma agenda dedicada a data que comemora esta expressão artística na capital, alinhando cultura e esporte em sua programação.

Ao decorrer da manhã, as crianças e jovens da associação de vários bairros e de Belém, realizaram atividades como uma oficina de Capoeira Contemporânea e oficina de Maculelê no dojô da Usina, enquanto no teatro foi realizado uma palestra sobre Capoeira como Instrumento de Inclusão Social e também uma apresentação de um filme sobre a prática em questão.

José Maria de Matos Morais, também conhecido como Mestre Zeca, presidente da ACANP e responsável pela coordenação de esporte da UsiPaz, falou um pouco sobre qual o intuito da iniciativa. "O objetivo do evento de hoje é congregar capoeiristas de várias bairros da região metropolitana para que eles tenham o conhecimento de quem foi a Silvia Leão e a sua importância para a história da capoeira", declarou.

Origem - O data de 13 de maio passou a ser reconhecida como o Dia Municipal da Capoeira em homenagem Silvia Leão que faleceu em 2004. Silvia era a lider do movimento Mulher Capoeira, um coletivo de mulheres que trabalha e pensa a capoeira para além da prática do esporte, mas como ferramenta de inclusão de todos os gêneros.

Gisele Figueira, psicóloga e advogada de direitos humanos que faz parte da coordenação do movimento, foi responsável por ministrar a palestra de Capoeira como Instrumento de Inclusão Social, onde a própria contou sobre a história do grupo. "A gente faz um trabalho com protagonista feminino e questão de gênero na cena de capoeira há 20 anos, estamos traçando a história ao trazer mulheres para as aulas e se reunindo com os mestres, dessa forma, levando o legado da mestra Silvia Leão adiante desde a criação do Mulher Capoeira, mesmo depois que ela nos deixou", explicou. 

Texto: Lucas Sousa, sob supervisão de Dani Franco /Nucom Seac


CIDADANIA 19/05 12h00

Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

A cidade de Belém foi escolhida para sediar o lançamento do programa do Ministério das Cidades, viabilizado pela Secretaria Nacional de Políticas para Territórios Periféricos (SNTP), que vai percorrer periferias de cidades do Brasil. O governador Helder Barbalho foi o anfitrião do evento, realizado na noite desta sexta, 12, na Usina da Paz Guamá

O objetivo da iniciativa, nomeada de Caravana das Periferias, é mobilizar e fortalecer as iniciativas em prol dos territórios periféricos do país. 

Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

“É um equipamento que respeita as pessoas, que oportuniza com que o Estado esteja próximo oferecendo serviços que trazem cidadania. E acima de tudo demonstra que é possível que os lugares mais perifericos, nos lugares de maior dificuldade e conflito social, você botar um equipamento de excelência e com a qualidade que certamente eleva a autoestima do pertencimento para que as pessoas possam compreender que este espaço é um espaço de inclusão, um espaço para olhar para a família, desde os primeiros dias até os idosos. Que todos possam aqui ter o seu segundo lar e ter na usina da paz um encontro da cidadania, da justiça social, da qualidade de vida”, discursou o chefe do Executivo estadual.

Também presente ao evento, o ministro das Cidsdes, Jader Filho, afirmou que a ideia é ouvir as demandas e potencialidades das e nas periferias.

Foto: Alex Ribeiro / Ag. Pará

"Vamos poder discutir com as diversas regiões do Brasil o que as periferias pensam, suas demandas, problemas para que as políticas públicas do ministério possam chegar de maneira mais efetiva até essas pessoas. Nada melhor que ouvir líderes comunitários, produtores de cultura", explicou o ministro, acompanhado do secretário nacional das periferias, Guilherme Simões.

O secretário Estratégico de Articulação e Cidadania, Igor Normando, enalteceu a escolha de uma UsiPaz para o lançamento do programa. "O Ministério das Cidades compreendeu que é possível fazer mais quando se escuta esses atores", declarou o gestor público.

Texto: Carol Menezes /SECOM


CIDADANIA 26/04 11h42

Foto: Victor Nylander / Nucom Seac

Mais de 120 crianças participaram, na manhã desta quarta-feira (19), do primeiro dia da programação que reúne atividades, em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, nas Usinas da Paz. A ação iniciou hoje e foi realizada no teatro da Usina da Paz Cabanagem, em Belém, pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a produtora Ava Amazônia, que lançou mostras de filmes do primeiro Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia.

Neste primeiro dia, as crianças convidadas fazem parte da Escola Municipal João Carlos Batista, localizada na Travessa Cristina Cardoso, também no bairro da Cabanagem, e essa foi a primeira vez que a comunidade escolar visitou a UsiPaz.

“A gente já havia trabalhado na escola antes, a questão da importância dos Povos Indígenas. Trazê-los para cá é uma forma de tirá-los daquela realidade - apenas de sala de aula - e trazer para um outro espaço que represente um pouco a cultura indígena, por meio de filmes, teatro, diálogos, tudo isso, trazendo histórias dos nossos povos que fazem parte da nossa história também”, Caroline Henriques, técnica pedagógica da Escola Municipal Deputado João Carlos Batista.

Foto: Victor Nylander / Nucom Seac

Além dos filmes, a programação contou com atividades lúdicas sobre a importância das lutas e respeito aos povos indígenas. A dona de casa Evelin Santos, é moradora da Cabanagem e estava acompanhando o filho Erick Gabriel, 5 anos, que cursa o Jardim II, e a pequena Emily Vitória, de 1 ano. “É muito bom ter essas atividades, ajudam muito na formação das crianças, para elas entenderem e respeitarem a nossa história, meu filho está gostando muito”, contou.

O estudante Davi Fonseca, de 7 anos, cursa o terceiro ano do ensino fundamental, e estava concentrado na exibição dos episódios do programa Catalendas, da TV Cultura. “Já conhecia o Catalendas, já vi na televisão a dona Preguiça e o Preguinho, mas essa história que tá passando agora é novidade, muito bom assistir essas histórias”, contou. 

O I Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia ocorreu em outubro do ano passado em um circuito presencial e online através da plataforma oficial, foram exibidos mais de 100 filmes de produção indígena brasileira e internacional em mais de 150 países, durante o período de mostra e votação dos melhores filmes. 

Os vencedores da primeira edição do Festival serāo celebrados na mostra dedicada à 1° semana dos Povos Indígenas Ava Amazônia, que pretende homenagear os cineastas se destacaram nacional e internacionalmente no Festival através da exibiçāo especial dos filmes vencedores em um circuito cinematográfico inédito nas Usinas da Paz e centros de cultura parceiros. 

“A nossa expectativa é de trazer o olhar, a história, a voz e a cultura Amazônicas reunidas em um panorama nacional e internacional com o que de melhor o cinema indígena tem para oferecer. E o compartilhar dessas diversas "Amazônias" nas telas das periferias urbanas, é fundamental para o fortalecimento da nossa identidade e do nosso pertencimento, para que desde pequenos a gente aprenda que a nossa realidade merece sim ser compartilhada e sobretudo que os nossos direitos sejam respeitados, assim como as nossas novas idéias e novos espaços de diálogo e conexāo com a nossa ancestralidade”, informou Jazz Mota, idealizadora do festival.

Para o secretário de articulação da cidadania, Igor Normando, as Usinas da Paz representam espaços democráticos e de respeito aos povos indígenas.

A coordenadora geral da UsiPaz Cabanagem, Ivanilda Vieira e o secretário da Seac, Igor NormandoA coordenadora geral da UsiPaz Cabanagem, Ivanilda Vieira e o secretário da Seac, Igor Normando /Foto: Victor Nylander / Nucom Seac

“É importante ressaltar que as Usinas da Paz são grandes complexos comunitários que fazem com que as pessoas que moram nos bairros, nos territórios em que o TerPaz está inserido, possam vir adentrar esses espaços e poder compreender a sociedade, realizar cursos e oficinas, de forma muito pedagógica. Esse momento é fundamental para a gente valorizar os povos originários e a nossa cultura, principalmente para as crianças e jovens que queiram participar da programação, conhecer um pouco mais dessa cultura. Para mostrar também que os povos originários precisam ser tratados com respeito, com dignidade, e é isso que está ocorrendo aqui nas Usinas da Paz.

A programação segue até o dia 23 de abril nas Usinas da Paz:

DIA 19/04

Jurunas/Condor, das 18h às 21h.

DIA 20/04: 

Terra Firme, das 9h às 12h.
Guamá, de 14h às 17h.

DIA 22/04: 

UsiPaz Antônia Corrêa (Nova Uniāo/Marituba), de 9h às 12h.
UsiPaz Professor Amintas Pinheiro (Icuí-Guajará), de 14h às 17h.

DIA 23/04

UsiPaz Padre Bruno Sechi, Benguí, de 9h às 12h.

Texto: Paulo Garcia /Nucom Seac


CIDADANIA 17/04 12h02

A programação, que iniciou no mês de março, encerrou trazendo atendimento médico, emissão de documentos e orientações para mulheres ribeirinhas da Ilha do Combú.

Foto: Victória Monteiro /Nucom Seac

Foi encerrada, na tarde deste sábado (15), a programação alusiva ao mês da mulher ‘Usina das Manas’ que referenciou as mulheres ribeirinhas, no Igarapé Piriquitaquara, localizado na Ilha do Combú, em Belém. A ação foi uma realização da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Defensoria Pública do Estado e Polícia Civil. 

A ação comemorativa ‘Usina das Manas’ ocorreu em todas as Usinas da Paz da Região Metropolitana de Belém durante o mês de março e teve seu encerramento na Ilha do Combú, fazendo parte dos atendimentos da UsiPaz Guamá, para dar mais acesso às mulheres que moram na ilha. A Secretária Adjunta da Seac, Alessandra Amaral, que já esteve presente anteriormente para escutar a comunidade do Igarapé Piriquitaquara, ressaltou a importância da programação para as pessoas da comunidade. 

“Articulamos com outras secretarias para trazer atendimento até a Ilha do Combú. Eles já são atendidos pela UsiPaz Guamá, mas eles também solicitaram para que estivéssemos presentes e acolhendo dentro da comunidade. Estamos tendo esse retorno deles, através da presença nessa ação, aumentando a certeza que estamos no caminho certo. Essa será apenas a primeira de muitas ações que pretendemos realizar aqui”, ressaltou a Secretária Adjunta. 

Foram oferecidos serviços de atendimento médico, com especialista na área de clínico geral, pediatria, ginecologia, fisioterapia e ortopedia. Também houve regulação para exames mais complexos como PCCU, transvaginal, mamografia, ultrassom, etc. Foram feitos testes rápidos de HIV, Sífilis, hepatite B e C e vacinação contra COVID-19. Além disso, enfermeiros ficaram responsáveis pela aferição da pressão arterial, glicemia, saturação, entre outros serviços básicos de saúde. 

Foi realizada uma palestra sobre saúde reprodutiva para a população e foram repassadas informações sobre a sexualidade e prevenção de IST/AIDS e houve uma conversa sobre a liberdade de decisão sobre ter filhos, acesso à informação e aos métodos contraceptivos. "Estar em todo o Pará é um compromisso que temos e a população da ilha do Combú é bastante carente. Trazer esse atendimento, além de facilitar, é essencial para a melhoria da vida deles", disse Maria Regina Cunha, coordenadora do Saúde Por Todo Pará, projeto da Sespa. 

Durante a ação, foram distribuídos kits e realizada uma mini-palestra sobre Saúde Bucal para mães e filhos que estavam presentes. "Dar orientações sobre escavação e sobre a saúde da nossa boca é essencial. Pois a má escovação leva a perda dos dentes, o que pode mexer não só com a saúde física, como também com a mental, afetando até mesmo na hora de conseguir um emprego", explicou Conceição Cruz, odontóloga responsável pelas orientações.

A moradora Atilena Nascimento, trouxe sua filha para consulta com o pediatra e aproveitou para assistir à palestra de saúde bucal. “Temos uma unidade de saúde aqui, mas ela não consegue atender todas as nossas necessidades. Quando nossos filhos adoecem, precisamos ir para o centro de Belém. Aqui estou tendo acesso fácil as consultas e ainda aproveitei para aprender mais sobre a escovação, já que eu passava o fio dental de maneira errada e a doutora me explicou como é o certo”, contou Atilena. 

Um serviço bastante procurado foi o de emissão de documentos, realizado pela Seaster e Polícia Civil, que estavam proporcionando primeira e segunda via de documentos de Registro Geral (RG) e Certidão de Nascimento. A moradora Jorgete Monteiro Trindade estava aguardando para emitir o documento de identidade. “Achei o projeto maravilhoso! É um benefício para nossa comunidade, gostaria que o povo daqui valorizasse essas ações para que elas se tornem cada vez mais frequentes e todos possam conseguir com facilidade seus documentos”, disse Jorgete. 

Texto: Aline Seabra /Nucom Seac

 

 


CIDADANIA 14/04 10h39

Ação da Usina das Manas levou feira criativa, roda de conversa e show da cantora Keila para a UsiPaz. Dia D da Campanha de Vacinação também foi realizado.

A costureira Ariana da Silva, 36 anos e mãe de dois filhos, foi uma das primeiras a montar seu brechó na Usina da Paz Jurunas/Condor. Moradora do bairro da Condor, ela começou a venda na Feira do Beco, na rua da sua casa, no mês passado a Feira foi transferida para a UsiPaz que agora recebe as mulheres empreendedoras em suas ações.

Foto: Felipe Nobre /Divulgação

Além de participar na feira, Ariana também é aluna das diversas oficinas que são oferecidas na Usina da Paz. “Eu faço tudo aqui, corte e costura, reparos... todos os cursos da minha área eu faço e agora também estou vendendo aqui. Foi uma verdadeira transformação pra gente aqui no bairro a Usina por conta disso, porque a gente se sente parte, se sente acolhida, é com se fosse também a minha casa”, conta ela.

“O que nós queremos é que as Usinas da Paz possam mesmo ser a casa das pessoas. Esse é objetivo deste grande equipamento do TerPaz, aproximar o poder público da população”. A afirmação do Secretário de Cidadania (Seac), Igor Normando, abriu a programação da Usina das Manas em confluência com a prática já exercida pelos moradores. Segundo o Secretário, a ação veio para consolidar as atividades da comunidade e permitir a troca de experiências com quem vive nos Territórios da Paz.

Ações, como por exemplo, o projeto Mocambo, organizado por mulheres negras dos bairros Jurunas e Condor e que traz a “moeda solidária” com um de seus motes para fortalecer o empreendedorismo das mulheres e do povo negro. “O Mocambo é um movimento afro-descendente, mas não é só para negros, é para todos os que se identifiquem com esse movimento de quebrar os paradigmas da periferia”, explica a educadora social Nanda Lima, uma das coordenadoras do Grupo de Mulheres Negras Maria Felipa Aranha, o Mocambo.

Composta ainda por Jazz Mota e Ruth Ferreira, a roda de conversa teve como tema "Experiências e experimentações das fazedoras de cultura nas periferias de Belém”. A produtora e diretora do Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia - Ava Amazônia, Jazz, falou sobre o preconceito que ainda envolve mulheres indígenas em contexto urbano e ressaltou a importância de afirmar dentro da comunidade por conta disso. “Eu fui a primeira da minha família a nascer na cidade, mas isso não faz com que eu deixe de ser indígena. É importante que a gente reconheça nossos lugares para nos firmar neles”, pontou. 

Foto: Felipe Nobre /Divulgação

Ruth Ferreira, que é historiadora, pesquisadora, ativista e educadora do Museu D'água, Gueto Hub e COP das baixadas também participou da roda ressaltando a cultura que vem sendo produzida nas periferias e o poder criativo da comunidade. 

Segundo Igor Normando, a Usina das Manas deve se tornar uma ação permanente nas Usinas da Paz. “Queremos proporcionar essa troca de experiências e acima de tudo, gerar atividades que possa discutir essa coisa tão nefasta que é o machismo”, finalizou.

Além da roda de conversa, a Usina das Manas também levou serviços de atendimento médico, testes de HIV, Sífilis e Hepatites, emissão de documentos e recebeu o lançamento da Campanha D de Vacinação contra o vírus influenza, realizada pela Secretaria de Saúde (Sespa). 

Foto: Felipe Nobre /Divulgação

A cantora Keila, encerrou a programação com um grande show no anfiteatro da UsiPaz Jurunas/Condor. 

Serviço:
As próximas atividades da Usina das Manas serão nos dias:

26/03 – Usina da Paz Antônia Coelho (bairro Nova União/Marituba)

28/03 – Usinas da Paz Canaã dos Carajás e Padre Bruno Sechi (Bengui)

Texto: Dani Franco /Nucom Seac