SUSTENTABILIDADE
O Preamar da Criatividade, iniciativa da Secult e Semas, reuniu empreendedores da bioeconomia e apresentações culturais.
Mais de 10 empreendimentos e apresentações culturais fizeram parte da programação Preamar da Criatividade, realizado neste domingo (04), pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A feira criativa ocorre sempre no primeiro domingo do mês na Praça da Fonte, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, no centro histórico de Belém.
Parte dos empreendedores que participaram do Preamar da Criatividade fizeram oficinas de reaproveitamento de resíduos nas Usinas da Paz, promovidas pela Semas. “A gente está em um processo de implementação do Plano de Bioeconomia, que tem a ver com a utilização de resíduos, como caroço de açaí, entre outros produtos da natureza. E essa parceria com a Secult se junta ao nosso esforço de integração do governo, para um caminho só, que é uma transformação no Estado para economia de carbono neutro”, informou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.
Paula Vitória Santos: capacitada na UsiPaz Icuí-Guajará /Foto: Ascom / Semas
Paula Vitória Santos participou das oficinas ofertadas pela UsiPaz Icuí-Guajará, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém). “Primeiro fiz o curso pelo TerPaz (Programa Territórios pela Paz), de ecobiju. Eu não sabia a técnica, e aprendi tudo lá, a fazer pulseiras, colares, brincos e braceletes. O material é de fácil acesso porque é reciclado, embalagem de papel, cereal, remédio. Eu reutilizo tudo, e pensei que dá pra vender pra ter uma renda extra. Depois do curso de ecobiju, as nossas professoras nos convidaram para expor em feiras criativas”, disse a empreendedora.
Solange Reis produz sabão artesanal /Foto: Ascom / Semas
Solange Reis, dona do empreendimento “Empório Verde Mais”, também participou das primeiras oficinas de economia doméstica. “Nós produzimos sabão artesanal a partir do reaproveitamento do óleo de cozinha, e desde que aprendi a fazer dessa maneira não compro mais sabão para casa. Eu mesma produzo o que uso, e ainda tenho uma renda extra vendendo o produto. Estar aqui hoje, participando do Preamar, tá sendo ótimo, porque estou divulgando meu trabalho, a marca, o produto em si, mas também a ecologia, para não destruírem mais a natureza, como já estão destruindo”, frisou Solange.
Domingo da gratuidade - A programação também contou com apresentação teatral da ONG Rádio Margarida, as 11 h, e de Mario Mouzinho e Banda, as 17 h. A ação ocorreu no “Domingo da Gratuidade”. Além da feira criativa e dos shows, todos os museus do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) abriram para receber gratuitamente a população.
“O Preamar da Criatividade ocorre há quatro anos, sempre no primeiro domingo de cada mês, coincidindo com a gratuidade do Sistema Integrado de Museus. A gente tá tentando aproveitar essa movimentação do público flutuante aqui do centro da cidade, ofertando a feirinha e os espetáculos musicais na Praça da Fonte”, informou Yvens Penna, coordenador de Economia Criativa da Secult.
Secretário Mauro O’de Almeida: gestão pública integrada em defesa do meio ambiente /Foto: Ascom / Semas
A ilustradora Maithê Souza aproveitou a oportunidade para visitar os museus. “Eu fui à Casa das Onze Janelas e ao Museu de Arte Sacra. Tá bem legal, com exposições muito bonitas. E agora vim passear aqui pela feira criativa, que tá maravilhosa. Tem várias pessoas aqui na feira trabalhando com coisas que eu nem imaginava. Por exemplo, o sabão a partir do óleo natural. Gostei muito também dos cadernos feitos de couro vegetal; achei superinteressante”, disse Maithê.
Texto: Juliana Amaral /ASCOM SECULT
É o terceiro ecoponto instalado pelo governo do Estado, em parceria com o Instituto Alachaster, sendo o primeiro em uma Usina da Paz.
A instalação de um ecoponto nas dependências da Usina da Paz Icuí- Guajará, no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), atraiu frequentadores e moradores do entorno da Usina, nesta sexta-feira (20). O espaço destinado ao recebimento de materiais recicláveis, como plásticos, metais, vidro e papel, é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Articulação e Cidadania (Seac) e Instituto Alachaster.
O objetivo é evitar o descarte indevido de resíduos no meio ambiente, promover geração de renda e esclarecer a população em relação ao destino correto de resíduos recicláveis. A Usina integra os equipamentos do Programa Território pela Paz (Terpaz).
Este é o terceiro ecoponto instalado por meio da parceria entre o governo do Estado e o Instituto, e o primeiro em uma Usipaz, que funcionará na terça e na quinta-feira, das 08 às 12 h. Os ecopontos têm estruturas semelhantes a contêineres, com 30 metros quadrados. Os dois primeiros ecopontos da RMB foram entregues no ano passado, durante a programação da Semana Mundial do Meio Ambiente, em junho. Um foi instalado no Parque Urbano Belém Porto Futuro, que funciona de terça a domingo, e também nos feriados, das 09 às 13 h, e das 15 às 19 h, e já arrecadou 22 toneladas de material reciclável. O outro está no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, aberto de sexta a domingo, e nos feriados, das 08 às 14 h, onde quase seis toneladas de recicláveis passaram pela Gravimetria.
Nesses espaços também são recebidos óleo de cozinha usado, materiais de escrita, esponjas de cozinha, sombrinhas, guarda-chuva e eletrônicos, além de outros materiais passíveis de reaproveitamento. A comunidade entrega os materiais nos ecopontos e recebe em troca mudas de plantas usadas em decorações de residências, biofertilizantes e sabão caseiro, produzidos de forma artesanal, entre outros produtos da reciclagem.
Local certo - Edna Valesca, moradora do Icuí-Guajará, destacou a importância do ecoponto para a comunidade. “A ideia da reciclagem, de trazer o lixo para o local certo, pra gente não jogar no meio ambiente, é muito importante. Eu tenho certeza que daqui o lixo vai para local certo. Estou muito feliz com o ecoponto, porque aqui no bairro do Icuí precisa muito dessa conscientização que a Usina já está dando”, disse Edna, que junto com outros moradores participa de iniciativas promovidas pela Semas na UsiPaz. “Eu descobri que aqui ia ter um ecoponto no curso que fiz de reaproveitamento de resíduos”, informou.
Desde 2019, a Semas já promoveu várias atividades ambientais em escolas e associações do bairro do Icuí - além das ações na Usipaz -, ministrando oficina de reaproveitamento de resíduos domésticos e geração de renda, de produção de sabão caseiro a partir da reciclagem de óleo de cozinha usado; criação de ecobijuterias, com reutilização de materiais que seriam descartados de maneira inadequada no meio ambiente; produção de adubos, reaproveitando cascas de frutas, talos de verduras e outras sobras de materiais orgânicos, e formação de agentes ambientais, além de ensinamento de construção de coletores seletivos para moradores.
Outras Usinas da Paz, em Belém e Marituba, também na RMB, e do interior do Estado, também recebem essas oficinas e outras capacitações sobre temas ambientais.
Capacitação - O secretário adjunto de Regularidade Ambiental, e titular da Semas em exercício, Rodolpho Zahluth Bastos, disse que o ecoponto Icuí-Guajará vai abranger a região de Ananindeua, e que nesse momento inicial o material será reaproveitado e destinado à capacitação da comunidade, para que desenvolva com a reciclagem uma economia própria a partir do resíduo descartado.
“Temos uma programação em todas as Usinas da Paz, capacitação em educação ambiental, em economia doméstica e diversas atividades. A gente fica feliz pelo primeiro ecoponto instalado na UsiPaz, porque é um ponto de referência, um ponto que traz cidadania para Ananindeua em geral, e tem esse elemento de criar uma cultura de reciclagem e recondicionamento de materiais, que em vez de serem descartados na natureza possam ser descartados aqui no ecoponto, e estabelecer uma nova lógica de economia circular e favorecer a comunidade, tanto do ponto de vista econômico e social, como também ambiental”, reiterou Rodolpho Bastos.
Soraya Costa, empreendedora social do Instituto Alachaster, explicou que o ecoponto recebe alguns materiais que não são recicláveis com facilidade, como é o caso de tecidos e do óleo de cozinha usado, utilizado na fabricação de sabão. “Esses materiais serão encaminhados à Usina da Paz para serem utilizados nas oficinas de reaproveitamento de tecidos e de óleo de cozinha usado, oferecidas para a comunidade. A gente faz o ciclo da economia circular com educação ambiental, oportunidades de trabalho e renda. Tudo junto para que a gente feche esse ciclo da sustentabilidade”, frisou Soraya.
A coordenadora de Educação Ambiental da Semas, Andreia Monteiro, avaliou a atuação da Secretaria, que desenvolve atividades com moradores no Icuí-Guajará desde agosto de 2019, como muito positiva. “Agora temos um ecoponto para arrecadar material reciclável, e atendendo a um maior número de pessoas na UsiPaz. Muitas mulheres do local estão gerando renda com produção de sabão caseiro e com as bijuterias criadas”, informou.
A Ação Mulher Cidadã, que também incluiu serviços de cidadania e estética, foi alusiva ao Dia Internacional da Mulher
A produção artesanal de colares, brincos, pulseiras e outras peças a partir do reaproveitamento de resíduos, principalmente papel, gerando renda e contribuindo para a proteção ambiental é a principal finalidade da Oficina de Eco Bijuteria (Ecobiju) realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta quinta-feira (10), na Usina da Paz Icuí-Guajará, dentro da Ação Mulher Cidadã, alusiva ao Dia Internacional da Mulher - 08 de Março.
A ação contou com a participação de diversas secretarias estaduais, e ofereceu ainda emissão de carteira de identidade; palestras sobre temas de interesse da mulher; testes de sífilis, hepatite e HIV; apresentação de dança, show musical e outras atividades, como aulas de defesa pessoal e pilates, design de sobrancelhas, maquiagem e corte de cabelo.
Andreia Monteiro, coordenadora de Educação Ambiental da Semas, disse que a oficina, além da geração de renda, contribui para que o material reutilizado não seja descartado incorretamente no meio ambiente. “A Ecobiju tem gerado renda ao público das comunidades, onde a participação das mulheres tem preenchido 100% das vagas oferecidas nas oficinas executadas em territórios da Região Metropolitana de Belém”, informou.
Reaproveitamento - Lucyana Batista, uma das técnicas da Coordenadoria de Educação Ambiental responsáveis pela oficina, explicou que as participantes ficam surpresas com as possibilidades de reaproveitamento das embalagens de remédios, chás, sabonetes e perfumes para confecções das bijuterias. “A oficina tem valor ambiental por retirar do meio ambiente material que iria para aterro sanitário; valor social, pelo uso do artesanato como terapia ocupacional, e o valor econômico, com a geração de renda em áreas de vulnerabilidade social”, ressaltou.
Moradora do Conjunto Nova Esperança, no Bairro do Coqueiro, Thaís Cruz considerou a oficina muito educativa. “Aproveito para repassar o conhecimento adquirido para as crianças da minha família e do bairro, para que elas saiam da rua e façam algo produtivo e divertido de fazer. Gostei muito e aproveitei para trazer minha filha, Emily, que faz balé aqui na Usina”, contou.
Integrante da Associação da Comunidade Novo Cristo I, no Icuí-Guajará, a dona de casa Esmeralda Souza também aprovou a iniciativa para as mulheres, e garantiu que iria “ensinar outras pessoas a fazer ecobiju para dar de presente e até ganhar dinheiro. Vou reunir um grupo de mulheres na comunidade e repassar o que aprendi”.
Por Aline Saavedra (SEMAS)