Folia contou com a animação de banda de pagode e axé, além de pintura, desenhos, concurso de fantasias e mini desfile de bloco dentro da UsiPaz.

Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

As aulas da manhã desta quarta-feira (15) foram bem diferentes para os irmãos Enzo (6) e Thales Ribeiro (4). Os desenhos, pinturas e as colagens deles foram feitos no espaço multicultural da Usina da Paz da Terra Firme, em Belém, durante o baile de carnaval. Os meninos estavam na companhia da mãe, a esteticista Samantha Nazaré, de 32 anos, que aproveitou para se divertir com os filhos.

“Eu sempre quis que a minha mãe pudesse estar comigo nas festas quando eu era criança, nos bailinhos de carnaval, mas ela não podia. Por isso, fiz questão de vir junto quando a escola dos meus filhos foi convidada para o carnaval da UsiPaz. Já pulei, joguei confete, estou cheia de glitter e muito feliz aqui com eles”, animou-se a esteticista.

Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

A família de Samantha foi uma das cerca de 500 que estiveram no Carnaval dos Espaços Abertos da UsiPaz. Promovida pela Fundação ParáPaz, a programação vem sendo realizada em todas as Usinas da Paz, desde o início do mês de fevereiro.

Na Terra Firme, a festa contou ainda com a presença do “Revelasamba”, grupo musical do próprio bairro, responsável por trazer grandes hits do pagode, samba e axé. 

Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

A coordenadora da Fundação ParáPaz nas UsiPaz, Rita Melo, conta que a valorização dos artistas de cada comunidade é uma das premissas da Fundação em suas ações nas Usinas da Paz.

“A gente busca valorizar as crias da casa para que a própria comunidade se reconheça e esses grupos sejam vistos e valorizados onde moram. Isso nós buscamos em todos os territórios e aqui não seria diferente”, afirma Rita Melo.

Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

Para o secretário de Cidadania, Igor Normando, a grande presença na festa de carnaval já era uma resposta esperada. "A comunidade da Terra Firme sempre se faz presente nas ações da Usina da Paz e já sabíamos que no carnaval seria assim: lotado e participativo", afirmou ele.

"Ver pais, mães e seus filhos juntos aqui, animados, pulando um carnaval com segurança, é confirmar que estamos cumprindo nossa missão de ser pontes para a cidadania e ser cidadão também é ter acesso ao direito à cidade, cultura e tradição.", finaliza o secretário.

Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

Carnaval da UsiPaz foi o primeiro de muitas crianças e suas famílias

Assim como a família dos irmãos Enzo e Thales Ribeiro, outras crianças estiveram num baile de carnaval pela primeira vez. É o caso da menina Letícia Medeiros, de 10 anos, que junto de sua mãe e outras amigas, pode vivenciar a festa. “O que eu mais gostei foi da pintura. Aprendi algumas coisas sobre o carnaval que eu não sabia e está sendo bem legal estar aqui com a minha mãe”, afirmou.

Vestida de vermelho e branco, Letícia foi uma das crianças que participou do concurso de fantasias, onde ganhou uma boneca. Ela e mais 20 outras meninas e meninos receberam diversos brinquedos como prêmio.Foto: Marco Naziazeno - Nucom Seac

Além de desfilar fantasiadas, as crianças também fizeram um mini cortejo dentro da própria Usina da Paz com o “Bloco da Alegria”. Ao final da festa, todos receberam lanches e montaram um painel com as máscaras e desenhos produzidos durante a manhã de carnaval.

O Carnaval dos Espaços Abertos será encerrado, nesta quinta-feira, 16, na Usina da Paz Professor Amintas Pinheiros, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.

Texto: Dani Franco (NUCOM/SEAC)


Ação será na sala de dança com a entrada livre para todos, numa realização da Secretaria de Cultura (Secult), neste sábado (14) e no domingo (15).

A narração é uma competência que estimula a oratória e aproxima o público da realidade em que vive, auxiliando na construção do imaginário e na valorização das raízes culturais. No próximo sábado (14) e no domingo (15), a Usina da Paz (UsiPaz) da Cabanagem receberá uma oficina de contação de histórias ministrada pela professora doutora, Monique Boutteville, do Grupo 4 Pontas. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com a produção do espetáculo “Os Encantados do Sossego”. A ação será realizada na sala de dança com a a entrada livre para todos.

A atividade visa a beneficiar artistas e não-artistas que têm interesse em aperfeiçoar a técnica da oratória, utilizando da contação marajoara e da subjetividade de cada participante que já se deparou com acontecimentos extraordinários na vida. No dia 14 a programação acontece das 15h até 18h, já no dia 15 o horário será das 10h às 13h.

A oficina proporcionará aos participantes o conhecimento das práticas de narrativas a partir das mitologias amazônicas, estabelecendo memórias pessoais e coletivas com o cotidiano e o fantástico, destaca Monique Boutteville, professora e diretora do Espetáculo “Os Encantados do Sossego”. 

“Quem nunca se deparou com acontecimentos extraordinários em seu cotidiano? Indo de um Déjà Vu até experiências mais concretas de encantarias. Abordar esses temas e trazê-los à consciência cria também uma identificação com a prática amazônica”, pontua Monique.

A oficina será dividirá em dois momentos, sendo o primeiro magistral – no qual a palestrante abordará sobre os personagens da mitologia amazônica – e em seguida a ocasião permitirá com que os participantes compartilhem experiências pessoais. Para a professora Monique, o ato de contação da própria história é uma experiência de pertencimento regional. “Construir esse imaginário com a população é de suma importância para a memória coletiva e para o reconhecimento dessas narrativas nos cotidianos amazônicos”.

Contar histórias é uma ferramenta eficaz que induz a educação e a alfabetização, afirma Adriano Barroso, diretor de Teatro da Secult. “Promover a oficina é amarrar essas pontas e trazer de volta o hábito da oralidade. Trouxemos um grupo com bastante experiência no assunto para dar suporte a novos multiplicadores”, finaliza. 

A metodologia que será utilizada na oficina tem sido desenvolvida pela professora Monique Boutteville desde 2014, realizada em disciplinas ministradas no curso de teatro da Universidade Paris 8 e em oficinas no Brasil e na Europa. Na prática, os ensinamentos têm como base a contação de histórias com exemplos coletados durante a observação participativa de contadores no Marajó.

*Texto por Quezia Dias / Ascom Secult

Por Thaís Siqueira (SECULT)


A atividade é parceria da Sefa, coordenadora da ação, com a Seac, Seduc, a Escola de Governança Pública do Pará e a Receita Federal do Brasil 

Na manhã desta terça-feira (17) foi retomado o projeto de Educação Fiscal, por meio do programa Territórios Pela Paz (TerPaz), e, desta vez, a capacitação foi promovida para alunos do 9° ano, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Nagib Coelho Matni, que integra o Território da Cabanagem, em Belém. A atividade é realizada em parceria pelas Secretarias Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), de Estado da Fazenda (Sefa), que é responsável pela coordenação do evento e a da Educação (Seduc), além da Escola de Governança Pública do Pará (EGPA) e da Receita Federal. 

"Esse programa visa disseminar os conceitos sobre tributação, a aplicação dos recursos públicos e essa relação entre o Estado e a sociedade. Hoje nós tratamos sobre cidadania, como se faz, repassando os conceitos, em relação aos direitos e os deveres de cada cidadão, exploramos também a função do estado com relação aos poderes constituído e por fim falamos um pouco sobre os tributos, tanto os federais, estaduais e os municipais’’, ressaltou Manoel Nunes, o Disseminador do Programa de Educação Fiscal da Sefa.

"Eu achei essa palestra muito boa, aqui pude aprender um pouco mais sobre cidadania, os nossos direitos e deveres e sobre os tributos e impostos’’, disse a estudante do 9° ano, Raissa Souza, 16 anos.

O programa de Educação Fiscal, já existe há mais de 20 anos, e foi implantado no programa TerPaz, no ano passado, mas devido ao agravamento da pandemia teve que ser suspenso e agora está sendo retomado.

A diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Nagib Coelho Matni, ressaltou importância de ações como essa. "É primeira vez que essa ação ocorre aqui na Escola, o que é de extrema importância. Esses 20 alunos que participaram desse programa acabam se tornando multiplicadores dentro da nossa escola, principalmente na parte do patrimônio escolar, porque muitos não sabem que esses equipamentos são comprados com os nossos impostos, por isso é importante que eles saibam disso, para zelar ainda mais por esse patrimônio, é importante ressaltar que durante a palestra, todas as medidas sanitárias foram cumpridas’’, disse a professora.

Miguel Lima, 14 anos, já estuda na Escola há 3 anos, e também foi um dos participantes da palestra, ele contou que aprovou a iniciativa. ‘’Essa palestra foi muito boa e importante, aqui pude aprimorar os conhecimentos que já tinha sobre os assuntos debatidos’’, disse o estudante. 

O próximo território beneficiado com a ação do ‘Programa de Incentivo Fiscal’, será o do Bengui, em Belém.

Por Elizabeth Teixeira (SEAC)