OFICINA 18/08 09h51

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) promoveu, em parceria com o Instituto Alachaster, na manhã desta terça-feira (17), uma oficina de Origami - arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando seres ou objetos com as dobras, sem cortar ou colar - na Associação dos Moradores de Catalina (Asmoc), no bairro do Bengui. 

A atividade está integrada na agenda de ações articuladas entre Semas e a Secretaria de Articulação e Cidadania (Seac), que juntas atendem presencialmente as populações inseridas nos Territórios Pela Paz (Terpaz), com oficinas profissionalizantes e rodas de conversa sobre educação ambiental. A iniciativa do governo do Estado visa ao atendimento de localidades com índices elevados de vulnerabilidade social na Região Metropolitana de Belém. Os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, estão no planejamento para receberem o projeto até dezembro de 2021. 

Direcionada para os moradores do bairro do Bengui, a oficina de Origami contou com uma palestra sobre conscientização ambiental, que abordou os danos que o descarte irregular de papel traz ao meio ambiente. Na parte prática, o ensino esteve voltado às formas de se reaproveitar o produto, inclusive para a geração de renda na comunidade.

Lidiely Dutra, representante do Instituto Alachaster e ministrante da oficina, falou sobre a importância do trabalho da educação ambiental por meio da sustentabilidade. “Essa oficina tem tudo a ver com a comunidade, com os movimentos de empreendedorismo social. Tudo dialogando com o tripé da sustentabilidade, que é o social, o ambiental e o econômico. Quando falamos sobre resíduos sólidos, todo lixo que produzimos, se não for descartado corretamente, acaba gerando poluição. O papel pode voltar ao ciclo da economia, englobando o viés social e ambiental. Com o resgate do Origami, a gente não apenas reaproveita o material, como também exercita a paciência e o equilíbrio de quem o pratica, agindo até mesmo de forma terapêutica”, indica.

Marina Jarina, moradora há 14 anos do bairro, acredita que a atividade é um ótimo incentivo para a melhor idade. "Nós, nessa idade, ficamos muito parados dentro de casa. Essas atividades são ótimas para incentivar e mexer com a nossa mente. Gostei e espero que ações como essa possam continuar". 

Vânia Oliveira, coordenadora da Associação de Moradores, afirma que a ação em parceria com a Semas e Seac são formas de geração de renda e conscientização ambiental para os moradores do Bengui. "No currículo e na renda, essas oficinas são muito importantes em benefício próprio de quem participa. Além de geração de renda, a reutilização do que seria descartado também melhora a vida da população", observa.

O descarte incorreto do papel traz diversos prejuízos ao meio ambiente. Ao ser jogado inadequadamente nas vias públicas, pode afetar diretamente a rede pública de esgoto, causando diversos transtornos e prejuízos para a comunidade do entorno, como alagamento de ruas. O descarte adequado de livros, cadernos e papel em geral, como demonstrados na oficina, também podem gerar renda familiar, de redes de cooperativas comunitárias e da Associação dos Moradores de Catalina (Asmoc).

Por Bruna Brabo (SEMAS)


OFICINA 21/08 11h32

Por Aline Saavedra (SEGUP)

Oficina realizada nesta quinta-feira discutiu e avaliou métodos a serem utilizados na nova versão das ações para a manutenção da cultura da paz.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará promoveu nesta quinta-feira (20), uma oficina para avaliar, atualizar e discutir novos métodos a serem utilizados na nova versão das ações do Programa Territórios pela Paz (TerPaz).

O evento, na sede da Escola de Gestão Pública do Pará (EGPA), reuniu agentes de segurança pública dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, cidades da Região Metropolitana onde o projeto está instalado.

A iniciativa atende de forma contínua, com ações policiais e de assistência social, os municípios contemplados ao fazer o monitoramento e a manutenção da paz social, desenvolvendo ações que visam o bem-estar da população.

De acordo com o coordenador do eixo da segurança pública no TerPaz, Luciano de Oliveira, o programa passou por um processo de reformulação total do plano de ação integrada, chamado de Plano 2.0. A partir dessas mudanças, como por exemplo, a ampliação do conhecimento da sociedade civil sobre o comportamento do crime, o que pode facilitar a sua participação na prevenção, por meio dos canais do Disque Denúncia, os órgãos do Sistema Estadual de Segurança Pública foram chamados para montar os planos operacionais individuais das instituições nos territórios.

“Nós já passamos da fase de retomada de espaço, pois alguns estavam praticamente perdidos, agora estamos fazendo uma reestruturação para buscar uma polícia de proximidade com a comunidade, mudando nosso viés de atuação devido à mudança de contexto”, destacou o coordenador.

Luciano Oliveira informou que "o plano será regido por uma matriz de priorização com três vertentes. “Repressão Qualificada, que visa à celeridade dos procedimentos direcionados à segurança e justiça criminal; Prevenção Policial, que é o conjunto de ações desenvolvidas para reduzir ocorrências violentas e criminosas; e a Defesa Social, responsável pela proteção das vítimas no contexto da violência e criminalidade”, ressaltou.

O Programa Territórios pela Paz (TerPaz), lançado pelo Governo do Pará com um conceito mais abrangente de combate à violência, se concretiza na Região Metropolitana de Belém, por meio da articulação de políticas sociais e de segurança, a fim de atingir as causas da criminalidade e da vulnerabilidade, e não apenas seus efeitos.

O programa é composto de ações transversais voltadas à conquista da cidadania e à criação de territórios socialmente mais justos e com qualidade de vida. A segurança pública foi um dos itens prioritários para a definição dos territórios. A estratégia definiu a escolha por cinco bairros em Belém (Cabanagem, Terra Firme, Bengui, Guamá e Jurunas); um em Ananindeua (Icuí-Guajará) e um em Marituba (Nova União).

Segundo dados da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup), de janeiro a 18 agosto de 2020, os crimes violentos de lesão intencional (homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte) totalizaram uma redução de 7,69% no centro de Marituba; 9,9% no Icuí-Guajará; 25% no bairro do Benguí;  42,11% na Cabanagem; 42,50% no Guamá e 69,23% na Terra Firme.

Os casos de roubos caíram em 46,26% no bairro do Jurunas; 22% na Terra Firme; 25,48% no Guamá; 17,65% na Cabanagem; 40,29% no Bengui; 34,5% no Icuí-Guajará e 51,65% no centro de Marituba.

 


Dinâmica no Icuí desperta interesse de alunos em diferentes áreas da comunicação
OFICINA 27/02 16h46

A partir do mês de março, estudantes do bairro poderão se inscrever nas oficinas do TerPaz promovidas pela Secretaria de Comunicação do Pará.

O auditório da Escola Estadual Maria de Nazaré Marques Rios, no bairro do Icuí, em Ananindeua, ficou pequeno na manhã desta quarta-feira, 12. É que estudantes, pais e professores lotaram o espaço. Eles não queriam perder a oportunidade de conhecer as diferentes linguagens da comunicação em mais uma rodada de conversa com a comunidade que a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) leva para os bairros atendidos pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz).

Emanuelle Souza, de 14 anos, estava na plateia. Aluna do 9° ano, ela diz que a iniciativa foi fundamental para tirar dúvidas e esclarecer a respeito de algumas áreas. “Achei a dinâmica muito legal. Alguns alunos não sabiam sobre esses cursos. Quero fazer as oficinas de jornalismo e produção de texto”, afirmou a adolescente.

Nesse primeiro contato com a comunidade do Icuí-Guajará, a Secom apresenta suas 17 áreas de linguagem aos alunos. Em uma dinâmica simples, os participantes escolheram quais temas desejam receber nas oficinas que serão promovidas pela Secretaria ao longo do ano. Fotografia, desenho e jornalismo foram as mais votadas na Escola Maria de Nazaré Marques Rios.

De acordo com o diretor de Comunicação Popular e Comunitária da Secom, Luiz Carlos Santos, esse tipo de dinâmica desperta nos alunos novos interesses e vivências. “Eles apontam as áreas de maior interesse e a gente identifica também quais atividades podemos trazer para o bairro”, explicou.

Para a professora de Artes, Alessandra Bezerra, o processo vai encorajar a comunidade estudantil para realizar ações além dos muros da escola. “A presença do TerPaz e da Secom vai esclarecer e capacitar esses jovens, promovendo cultura e mostrando que eles podem usar o conhecimento adquirido a favor deles e da comunidade”, reforçou. “Com as nossas oficinas, cursos e mesas redondas queremos despertar o sentimento de pertencimento na comunidade e fazer com que ela ocupe o papel de protagonista da própria realidade”, complementou Luiz Carlos Santos.

As oficinas da Secom na Escola Maria de Nazaré Marques Rios iniciam no próximo mês de março, após a publicação do edital de contratação de monitores para as atividades.

 


Pará recebe oficinas do projeto “Em Frente, Brasil” do Ministério da Justiça
OFICINA 27/02 16h22

Gestores estaduais e municipais participaram do primeiro dia das oficinas do “Em Frente, Brasil”, projeto-piloto lançado em agosto de 2019 pelo Ministro da Justiça Sérgio Moro, já implementado em Ananindeua.

Durante três dias de evento realizado em Belém, os representantes do Governo Federal, Estadual e municipal vão dialogar e elaborar um conjunto de ações de políticas pública para ajudar reduzir as vulnerabilidades sociais da região de Ananindeua.

Cerca de 35 ações serão priorizadas e enviadas para validação. “Vamos iniciar hoje a construção dos planos de segurança pública relacionados ao Estado do Pará e o município de Ananindeua, a ideia é que a gente, se divida em sete áreas temáticas para que a união, o Estado e o município possam identificar dentro de cada uma dessas áreas temáticas, quais são os projetos, as iniciativas e as ações que tendem a mitigar ou anular os fatores de vulnerabilidade econômica dos territórios que foram priorizados pelo alto número de homicídios, especialmente de jovens”, contou Daniel Barcelos, gerente do projeto “Em Frente, Brasil”.

A proposta do programa do Governo Federal alia medidas de segurança pública a ações sociais e econômicas, para promover a transformação das realidades socioeconômicas em cinco regiões: no Norte, em Ananindeua (PA); no Nordeste, em Paulista (PE); no Sudeste, em Cariacica (ES); no Sul, em São José dos Pinhais (PR); e, no Centro-Oeste, em Goiânia (GO). Por meio da cooperação e da integração, obtidas pelas parcerias firmadas com estados e municípios, além da participação de outros ministérios, que auxiliarão para o alcance dos resultados previstos.

“Esse projeto é bastante ambicioso, em termo de segurança pública, mas tem toda noção da realidade, por isso, começamos em cinco cidades pilotos, com a fase um que iniciou em agosto de 2019 e a fase dois que começou em dezembro de 2019, que é justamente a implementação de medidas socioeconômicas, então estão envolvidos dez ministérios para ajudar a desenvolver as mais diversas áreas, como cidadania, educação, esporte, saúde e infraestrutura, por exemplo, essa é a hora de inserir as políticas que vão dar base para esse projeto ser um sucesso”, disse Natália Ribeiro, assessora da Secretaria Executiva do Ministério da Cidadania.

REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA: A primeira fase do “Em Frente, Brasil” consistiu no choque de segurança com homens da Força Nacional atuando em Ananindeua, realizado no mês de agosto do ano passado e somou com as estratégias de segurança do Estado.

Comparando com o período de janeiro a agosto de 2018, foram registrados 285 crimes violentos letais intencionais no município de Ananindeua que reduziram para 125 casos em 2019, uma diminuição em 56%. E com a entrada do projeto do Governo Federal, alinhado com as ações de segurança do Estado, esse número reduziu para 61%.

“Os números mostram que estamos no caminho certo, e os dados tendem a melhorar, a partir do momento que a gente já intensifica essa ideia central que é a mesma do TerPaz para convergir esforços da segurança púbica com políticas sociais” disse Luciano de Oliveira, diretor de operações especiais da Segup.

O coordenador da Câmara Técnica Intersetorial da Secretaria Estadual de Articulação da Cidadania (Seac), Julio Alejandro Quezada Jelves, abriu o evento e em seu discurso, ressaltou a importância de ações em parceria com o Governo Federal e municipal.

“Todas as parcerias, os arranjos interinstitucionais, sempre são frutíferos, pois a soma de esforços focalizados, acaba melhorando os problemas enfrentados, como em Ananindeua, que já houve redução, só esses dados do ano passado demonstram como esse tipo de ação conjunta entre o Ministério da Justiça e as instâncias do Estado, coordenadas pela Seac, sem dúvida tratará bons resultados”, avalia Alejandro.