MEIO AMBIENTE
Os amigos Fernando Souza e Fernanda Araújo, do sétimo ano da escola José Ribeiro Valente, no bairro da Cabanagem, passaram a ter uma tarefa nos dias de aula da qual não abrem mão: regar as plantas que decoram o novo espaço da instituição entregue há uma semana através do Programa TerPaz.
Denominada de “Cantinho Verde”, a ação executada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) que integra o Projeto Asas Verdes, proporcionou à comunidade escolar um ambiente voltado para um contato mais próximo com a natureza e também de lazer.
Além dos vasos e arranjos (feitos de pallets) contendo plantas ornamentais e floridas, a escola ganhou um palco que faz parte do projeto Asas Verdes, que pretende inserir o jovens dentro de um protagonismo social, proporcionando-o a interação com o meio ambiente além de atividades educativas e de lazer.
Os colegas Fernanda e Fernando fazem questão de cuidar das plantas.
“A gente faz a rega antes do início das aulas. Nós já sabemos qual a quantidade de água que colocamos no regador. Estamos ajudando a manter o projeto. Eles deram esse espaço para nós e então temos que ajudar a cuidar das plantas”, ressaltou Fernanda.
Junto com o amigo, ela está pedindo para outros colegas também contribuírem com a manutenção do novo espaço.
Se depender das amigas Míriam Diniz e Esther Adriely, ambas de 12 anos, o trabalho de sensibilização está surtindo efeito. Por enquanto elas estão focadas mais na manutenção das mesas feitas de carretéis obtidas pela Sedap através de parceria com a iniciativa privada. Os móveis estão servindo, não apenas como apoio na hora do estudo extra, como também para partidas de jogos educativos, como o xadrez,por exemplo. “Eu gostei da pintura do xadrez nessa mesa. A parte das plantas também ficou bonita. Modificou a escola. Agora a gente vai falar com outros colegas para ajudar a cuidar da escola. Não jogar lixo na sala, por exemplo”, disse Míriam.
A colega disse também que quer ajudar a manter as plantas vivas. “É importante. A escola ficou muito mais bonita”.
A diretora Ivanilda Vieira avalia como positivo o cuidado dos alunos. “Eu estou gostando da participação deles. Nós temos alunos que já adotaram as plantas e até as batizaram com os nomes deles”, conta a professora não escondendo o sorriso de satisfação.
Ela falou, também, que os professores bem como outros membros da comunidade escolar, incluindo os pais, estão satisfeitos com o espaço. “Foi como disse um professor de matemática: é uma nova vida para nós, pois às vezes a gente só olhava as paredes. Agora temos outro cenário”, disse.
A técnica da Sedap, Clarice Leonel, que acompanha de perto a ação Cantinho Verde, informou que os alunos se encarregaram de pintar o palco entregue no projeto. “Cada um desses mosaicos está sendo pintado pelos alunos com a orientação dos professores”. Ela opinou que gostou do que viu depois de uma semana da entrega do espaço.
No total, a escola tem 636 estudantes. De acordo com a técnica da Sedap, contando com a participação dos demais membros da comunidade escolar, a ação atingiu na Cabanagem pouco mais de 900 pessoas.
Em uma ação pioneira dentro do Estado, o Governo do Pará irá estimular a criação de peixes ornamentais dentro do ambiente escolar. As instituições beneficiadas serão as que estão inseridas nos sete territórios do programa TerPaz.
Os alevinos serão cuidados pela própria comunidade escolar e posteriormente poderão ser comercializados pelas famílias. A iniciativa atende a um dos preceitos do programa que é o da geração de renda.
Essa é mais uma ação do Projeto Asas Verde da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) que integra o TerPaz e objetiva fortalecer o protagonismo juvenil, fundamentado na proteção ao meio ambiente.
A primeira instituição beneficiada com a iniciativa será a Escola Estadual Maria de Fátima Monteiro Ferreira, no município de Marituba. A unidade escolar ganhará o seu “Cantinho Verde” no dia nove de março. O secretário estadual de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Hugo Suenaga, explica que a instituição receberá de uma só vez duas ações do projeto Asas Verde: a entrega do seu espaço verde e o repasse dos pexinhos e dos aquários.
Ele frisou que o material utilizado para a construção dos recipientes será todo reciclado. “Vamos utilizar cascos de geladeiras e garrafas pets em uma harmonização para criar aquários de forma sustentável”, observou.
Ele explicou que essa ação será realizada em parceria com a Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais do Pará (Acepo-Pa) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pará).
“Esse projeto vai servir de base. A intenção é a escola estar produzindo essa capacitação em parceria com a Sedap para estar gerando mais renda aos bairros atendidos pelo TerPaz”, frisou.
Espécies – O presidente da Acepo-Pa, Koji Sakairi, informou que as espécies de peixes distribuídas são simples de cuidar e que os alunos não terão dificuldades de manter a reprodução. De acordo com Sakairi, entre as que serão distribuídas estão os platis e os guppys. “O objetivo é estimular os alunos para que comecem a gostar desse tipo de atividade. Inicia como um passatempo, mas depois começa a amadurecer e a partir daí eles poderão se profissionalizar e quem sabe no futuro, possam passar a ter uma fonte de renda”.
A comunidade escolar receberá orientações sobre criação, reprodução e manutenção das espécies. Ele garante que os estudantes não terão dificuldades em manter a atividade.
“É diferente, mas não há dificuldades. A base de tudo para o peixe chama-se água. Se ela estiver saudável, o peixe também está. Há o uso de filtro que faz todo esse caminho biológico, fazendo com que a água retorne de maneira limpa novamente”, sustenta.
Comercialização – O valor de comercialização do peixe, segundo explicou Sakairi, depende do volume. Em média, cada peixinho sai em torno de R$1,50 a R$ 2,00. Cada casal gera em torno de 100 a 150 filhotinhos. “Imagine se tiver 100 pares. Multiplica esse valor por essa quantidade. Haverá uma renda boa para as famílias”, avalia.
O espaço, que oferece aos alunos o estudo prático de temas ambientais, deve chegar a 80 escolas da rede pública estadual de ensino.
A Escola Estadual José Valente Ribeiro, localizada no bairro da Cabanagem, no município de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), é a primeira instituição de ensino da rede estadual a contar com o “Cantinho Verde”, um espaço que oferece aos alunos contato direto com a natureza e oportunidade de estudar na prática temas relacionados ao meio ambiente.
A entrega ocorreu na manhã desta segunda-feira (10), em meio a uma programação que reuniu alunos e demais membros da comunidade escolar. Representantes de órgãos do Governo do Estado que trabalharam em parceria para a implantação do espaço participaram da solenidade. Houve apresentação musical dos alunos vencedores de um concurso interno – denominado Cantando pela Paz -, realizado pela escola em novembro do ano passado. Eles inauguraram o palco, também entregue como parte do projeto de revitalização da instituição.
O Cantinho Verde é uma ação do Projeto Asas Verdes, incluso no Programa Territórios pela Paz (TerPaz), que atende sete territórios instalados em bairros da Região Metropolitana de Belém (incluindo Marituba e Ananindeua). A coordenadora do programa, Juliana Barroso, observou a transformação ocorrida na escola em apenas uma semana, após o início do ano letivo. “Se vocês começarem a ter esse sentimento de pertencimento, de dizer ‘essa escola é minha’, vamos estar em outro patamar para o ano”, ressaltou.
Geração de renda - O secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga, também presente à programação, afirmou que o Projeto Asas Verde contribuirá com o conhecimento para os estudantes e poderá, no futuro, contribuir com a geração de emprego e renda para as famílias dos alunos. “No final de março ou no mês de abril, nós vamos entregar uma horta comunitária a essa escola, para incentivar o aluno a ter a visão que, através da agricultura e da aquicultura, ele pode ter geração de renda”, informou o secretário.
Aos alunos, Hugo Suenaga ressaltou a importância de ajudarem a manter o cantinho. “Vamos preservar esse espaço que é de vocês, do futuro de vocês, para que a gente possa, cada vez mais, trabalhar em prol do desenvolvimento do Estado”, reforçou.
O titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) ressaltou também a importância, na criação do Cantinho Verde, da parceria ente órgãos como Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Ceasa (Centrais de Abastecimento do Pará) e Seac (Secretaria de Estado de Articulação e Cidadania).
O secretário anunciou que a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) se mostrou interessada em aderir ao projeto. A vice-reitora da instituição, Janae Gonçalves, disse ter aprovado o que viu na escola. “Nossa missão, enquanto universidade, é trabalhar em prol da comunidade, e percebemos a alegria deles e o envolvimento com o projeto”, declarou.
Aconchego - A técnica da Diretoria de Agricultura Familiar da Sedap, Clarice Leonel, que monitora as ações do Projeto Asas Verdes, disse que para chegar à criação do “Cantinho” foi feita uma sondagem com os alunos. “Eles observaram que gostariam de uma escola mais limpa, revitalizada, ecologicamente social, ou seja, a combinação do meio ambiente com o aconchego. Daí vem essa denominação de Cantinho Verde”, explicou Clarice Leonel.
Para a inauguração da área verde foi muito importante, segundo a técnica da Sedap, o trabalho dos 12 internos do Projeto Conquistando a Liberdade, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que participaram da revitalização do espaço escolar, fazendo os serviços de limpeza, roçagem, capinação, pintura e outros.
Clarice Leonel adiantou que para a primeira quinzena de março está prevista a entrega de um novo espaço verde revitalizado, na Escola Maria de Fátima, no bairro Nova União, em Marituba. A previsão é implantar "Cantinhos" em 80 outras escolas, como parte das ações do TerPaz.
Compromisso - Se depender dos alunos, a preservação do espaço está garantida. O estudante do 7º ano, Luiz Fernando Souza, 12 anos, disse aos demais alunos, durante a solenidade, que gostou do “Cantinho” e vai incentivar os colegas a mantê-lo “por muitos e muitos anos. O trabalho ficou muito bom. Nós só temos a agradecer”.
Ex-aluno da Escola José Valente Ribeiro e agora calouro do curso de Ciências da Computação, na Universidade Federal do Pará (UFPA), Thiago Castro também acompanhou a programação. Ele, que estudou na escola desde a 5ª série, destacou a importância do trabalho feito pelo Governo do Estado. “Aqui a gente tem a base do nosso ensino. Além das disciplinas seculares, aprendemos para a nossa vida. Os professores ensinam além da matéria deles. Sem esse espaço, não tem como. As crianças e os adolescentes podem preservar a natureza e entender a importância que ela tem para nós. Cuidar mais dela. Não jogar lixo nas ruas, pois assim o nosso planeta pode ter mais desenvolvimento. Não o industrial, mas o verde”.
Adubo de alto poder biológico pode ser utilizado em jardinagem e em horta.
O composto orgânico (adubo) resultado do experimento do projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), que transforma lixo da Ceasa em compostagem será distribuído nas ações de cidadania do programa Territórios pela Paz (TerPaz) ao longo do ano. A distribuição será dentro de programas como quintais produtivos e hortas comunitárias.
(Eduardo Leite, diretor técnico da Ceasa ao lado de Cleide Amorim, presidente da Emater e do engenheiro agrônomo, Antônio Carlos Lima)
Adubo de alto poder biológico pode ser utilizado em jardinagem e em horta, já que possui todos os componentes de matéria orgânica e adubação para um plantio de qualidade.
“Quando se usa esse tipo de adubo, a estrutura do solo é renovada, ou seja, possibilita fácil crescimento das raízes, boa drenagem e pela facilidade de colheita”, disse Antônio Carlos Lima, engenheiro agrônomo da Emater.
A ideia é que o adubo seja distribuído para implantação de jardinagem em postos de saúde e em hortas escolares. Serão entregues até 25 kg de adubo por instituição.
O TerPaz é um programa do Governo do Estado que atua para diminuir a vulnerabilidade social e o enfrentamento das dinâmicas da violência, a partir da articulação de ações de segurança pública e ações de cidadania em sete bairros da Grande Belém: Guamá, Jurunas, Terra Firme, Benguí e Cabanagem (Belém), Icuí (Ananindeua) e Nova União (Marituba).
Compostagem - Com a finalização do período de testes, o projeto vai seguir com esse cunho social até que a implantação macro comece. “A fase atual está direcionada a finalização e ajuste do orçamento e proposta metodológica a fim de garantir as ações de licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes. Ficou comprovado que é possível fazer a compostagem dos resíduos orgânicos da Ceasa, no modelo proposto pela Emater”, finaliza Lima.
Parceiros como Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Embrapa Amazônia Oriental e a própria Ceasa contribuíram com o projeto de compostagem.
A atividade faz parte do Programa de Governo, Territórios Pela Paz (TerPaz).
A identificação de problemas socioambientais no bairro do Jurunas, em Belém, e a busca de soluções para as questões apresentadas estão entre os principais objetivos da Oficina de Formação de Agentes Ambientais, que ocorre na Escola Padre Benedito Chaves até a próxima sexta-feira (24). Desde segunda, os Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) ministram o curso voltado para estudantes, profissionais e moradores da comunidade. A atividade faz parte do Programa de Governo, Territórios Pela Paz (TerPaz), que trabalha inicialmente em sete bairros de Belém, Ananindeua e Marituba, na Região Metropolitana.
Os participantes do curso formam um grupo de trabalho diversificado: professores, estudantes universitários, donas de casa, profissionais autônomos, integrantes de outras áreas e moradores em geral da comunidade estão atuando para elaboração de planos de ação, com metodologia, para identificar os problemas ambientais e sociais do bairro e resolvê-los de forma coletiva.
“Há necessidade da educação ambiental em espaços não formais, como feiras, praças, praias, parques e outros ambientes e também em espaços formais como as escolas”, explica o geógrafo, educador ambiental da Semas, Lucivaldo Pontes.
A dona de casa, Edilene Aragão, considera a atuação da Semas muito positiva ao debater a questão ambiental no bairro. “A oficina de formação de agentes ambientais vai melhorar meu conhecimento e vou repassar para a vizinhança”.
Andreicy Pereira, engenheira florestal, disse que esta semana vai ser muito importante para a transmissão detalhada de valores ambientais para o grupo de participantes. “Acho interessante as orientações mais completas sobre os motivos porque não devemos jogar lixo na rua, as causas e efeitos no ambiente que se vive e na saúde. Isso ajuda na conscientização”, conclui.
Aprovação - A trabalhadora autônoma, Luene Salomão, atua em salão de beleza e avalia que a ação “soma muito para a proteção ambiental no bairro”. A professora de educação infantil, Eliana Moraes, opina que é necessária a disciplina Educação Ambiental para as crianças dessa fase etária. “Comecei a perceber que elas precisam ter cuidado com o meio ambiente para o próprio desenvolvimento, crescimento com responsabilidade”.
Estudante universitária de Meteorologia, Emily Pires, afirma que “o debate de maneira geral sobre a questão ambiental nos faz entender que o meio ambiente é crucial para a vida”, assegura.