Em uma ação pioneira dentro do Estado, o Governo do Pará irá estimular a criação de peixes ornamentais dentro do ambiente escolar. As instituições beneficiadas serão as que estão inseridas nos sete territórios do programa TerPaz.

Os alevinos serão cuidados pela própria comunidade escolar e posteriormente poderão ser comercializados pelas famílias. A iniciativa atende a um dos preceitos do programa que é o da geração de renda.

Essa é mais uma ação do Projeto Asas Verde da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) que integra o TerPaz e objetiva fortalecer o protagonismo juvenil, fundamentado na proteção ao meio ambiente.

A primeira instituição beneficiada com a iniciativa será a Escola Estadual Maria de Fátima Monteiro Ferreira, no município de Marituba. A unidade escolar ganhará o seu “Cantinho Verde” no dia nove de março. O secretário estadual de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Hugo Suenaga, explica que a instituição receberá de uma só vez duas ações do projeto Asas Verde: a entrega do seu espaço verde e o repasse dos pexinhos e dos aquários.

Ele frisou que o material utilizado para a construção dos recipientes será todo reciclado. “Vamos utilizar cascos de geladeiras e garrafas pets em uma harmonização para criar aquários de forma sustentável”, observou.

Ele explicou que essa ação será realizada em parceria com a Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais do Pará (Acepo-Pa) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pará).

“Esse projeto vai servir de base. A intenção é a escola estar produzindo essa capacitação em parceria com a Sedap para estar gerando mais renda aos bairros atendidos pelo TerPaz”, frisou.

Espécies – O presidente da Acepo-Pa, Koji Sakairi, informou que as espécies de peixes distribuídas são simples de cuidar e que os alunos não terão dificuldades de manter a reprodução. De acordo com Sakairi, entre as que serão distribuídas estão os platis e os guppys. “O objetivo é estimular os alunos para que comecem a gostar desse tipo de atividade. Inicia como um passatempo, mas depois começa a amadurecer e a partir daí eles poderão se profissionalizar e quem sabe no futuro, possam passar a ter uma fonte de renda”.

A comunidade escolar receberá orientações sobre criação, reprodução e manutenção das espécies. Ele garante que os estudantes não terão dificuldades em manter a atividade.

“É diferente, mas não há dificuldades. A base de tudo para o peixe chama-se água. Se ela estiver saudável, o peixe também está. Há o uso de filtro que faz todo esse caminho biológico, fazendo com que a água retorne de maneira limpa novamente”, sustenta.

Comercialização – O valor de comercialização do peixe, segundo explicou Sakairi, depende do volume. Em média, cada peixinho sai em torno de R$1,50 a R$ 2,00. Cada casal gera em torno de 100 a 150 filhotinhos. “Imagine se tiver 100 pares. Multiplica esse valor por essa quantidade. Haverá uma renda boa para as famílias”, avalia.