Moradores dos bairros cobertos pelo TerPaz participam da oficina de boas práticas de manipulação de alimentos oferecida pela Sedeme

Por Carol Menezes (SECOM) A parceria entre o TerPaz e a Sedeme assegura capacitação em áreas do empreendedorismo e em um ano de iniciativas já certificou cerca de 670 pessoas

 

Uma parceria entre o Programa Territórios pela Paz (TerPaz) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) oferece, entre novembro e dezembro, um curso de boas práticas para manipulação de alimentos a moradores dos sete bairros acolhidos pelo TerPaz. A qualificação é gratuita e promovida com o apoio da Universidade da Amazônia (Unama), que cede suas instalações para as aulas.

Marina Kalif é coordenadora do projeto pela Sedeme e explica que a secretaria articula três ações voltadas ao empreendedorismo, sendo uma delas voltadas à gastronomia, tema do curso em andamento. "Também temos outras duas, ligadas ao açaí e à moda, que pretendemos ofertar a esse público em seguida, no intento de promover desenvolvimento econômico", adianta.

Ela destaca a importância da temática escolhida para iniciar o trabalho nos bairros. "Fundamental para qualquer estabelecimento de alimentação conhecer as boas práticas, os protocolos exigidos pela vigilância sanitária. Durante a fase mais crítica da pandemia as ações pararam, e estamos retomando agora com as turmas presenciais", confirma.

Danielli Barros é moradora da Terra Firme e está na primeira turma que voltou às atividades. Há cerca de cinco anos ela trabalha vendendo comidas regionais na frente da própria casa. "Muito importante essa oportunidade de me qualificar, e assim garantir mais segurança para os meus clientes", reconhece.

A parceria entre o TerPaz e a Sedeme já dura um ano e qualificou, com certificação, cerca de 670 pessoas.

Luciana Centeno é professora da Unama e ministra o curso recém-iniciado. "Manipulação envolve ter os conhecimentos básicos voltados à higienização. Não é uma perseguição, mas é preciso insistir nesse cuidado e garantir que não haja contaminação física, química ou biológica. Por isso a capacitação é tão importante", reforça.

 


Por Giovanna Abreu (SECOM)

Projeto 'Ela Pode' tem como meta capacitar duas mil mulheres que participam do programa TerPaz.

Como forma de combate à desigualdade de gênero, à violência, à misoginia e ao preconceito contra mulheres, o Governo do Pará desenvolve ações de incentivo ao empreendedorismo feminino. Ao estimular capacitações, trocas de experiências e incentivos econômicos, o Estado busca fortalecer a construção de autonomia psicológica e financeira das mulheres paraenses.

A gerente da Rede Local do programa Territórios pela Paz (TerPaz), Delma Braga, destaca a atuação integrada de órgãos estaduais para estimular o crescimento pessoal e profissional das mulheres.

“O público feminino é alvo das ações do TerPaz, que atua nos sete bairros atendidos pelo programa com projetos específicos para mulheres. Em parceria, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) desenvolve o programa ‘Empodera’, o Banpará oferece financiamentos e crédito cidadão como forma de incentivo. Estamos todos trabalhando unidos pela causa”, afirma.

COSTURANDO A PAZ

O projeto “Costurando a Paz”, da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), é um dos exemplos de ações voltadas para as mulheres durante a pandemia de Covid-19. Em parceria com a Fábrica Esperança, foram criadas oportunidades para a confecção de máscaras, distribuídas aos paraenses, e geração de renda para mulheres atendidas pelo TerPaz. 

“A maioria das costureiras dos bairros atendidos pelo programa faz parte deste projeto. Muitas delas perderam o emprego por conta da pandemia e essa produção garantiu a renda, inclusive, da família dessas mulheres. Além de garantirem a segurança e preservarem a saúde dos moradores dos seus bairros”, ressalta Delma Braga. 

PROJETO "ELA PODE"

O desenvolvimento do Projeto “Ela Pode” na rotina dos sete bairros atendidos pelo TerPaz é um incentivo para mulheres, com mais de 16 anos, que tenham interesse em se capacitar, empreender e construir autonomia financeira e psicológica sobre demandas que envolvam o universo feminino. 

Iniciativa do Instituto Rede Mulher Empreendedora, maior rede de empreendedorismo feminino do Brasil, com o apoio da Google, o projeto foi lançado por intermédio da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e Sectet, e tem como meta inicial capacitar duas mil mulheres em Belém, Ananindeua e Marituba.

“Fomentar uma rede de conexão entre mulheres para compartilhar experiências e conhecimentos sobre o empreendedorismo feminino, com olhar sensível e adequado à realidade local é um dos nossos objetivos”, explica Jana Borghi, uma das coordenadoras do projeto.

A ideia de reforçar o sentimento de pertencimento da mulher na região onde vive, fortalecer a autoestima e utilizar o conhecimento como uma ferramenta de libertação e transformação social também são metas do projeto, que começou em janeiro de 2020 e já realizou 12 ações. As atividades foram suspensas no início da pandemia e retomaram no mês de outubro seguindo todos os protocolos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.

A próxima ação será neste final de semana no bairro da Cabanagem, dias 6 e 7 de novembro. A meta no bairro é alcançar, ao todo, 285 mulheres. No dia 19 de novembro, data em que é comemorado o Empreendedorismo Feminino, será realizado o evento “Ela pode empreender” com a participação de todas as mulheres que já participaram do projeto, como forma de divulgar os negócios, fortalecer contatos e trocas de experiências, além de serem oferecidas novas oficinas. Mais informações: (91) 98437-6798.