Sespa é um dos 37 órgãos estaduais integrantes da iniciativa, que realizou cerca de 1.500 atividades nos territórios em 12 meses.

O Programa Territórios pela Paz (TerPaz) completa um ano de atividades neste sábado (11). Sete bairros da região metropolitana de Belém – Guamá, Jurunas, Terra Firme, Benguí e Cabanagem (na capital), Icuí-Guajará (Ananindeua) e Nova União (Marituba) – recebem infraestrutura urbana e políticas públicas para a diminuição da vulnerabilidade social e o enfrentamento das dinâmicas da violência. A oferta de serviços de saúde às comunidades foi prioritária nos primeiros 12 meses de ações.

A escolha dos primeiros bairros considerou os níveis de criminalidade, sobretudo as ocorrências de homicídios. Entretanto, mais do que impedir a interrupção violenta de vidas, o Estado busca garantir alternativas para levar saúde em sua complexidade para dentro dos territórios, promovendo uma longevidade qualitativa.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) é um dos 37 órgãos que integram a Câmara Técnica Intersetorial responsável por promover as ações do TerPaz, sob coordenação da Secretaria de Estado de Articulação da Cidadania (Seac).

“Esses sete bairros ficaram abandonados pelo poder público, não tinham saúde, educação, cultura, lazer. Há tempos, eles não têm a dignidade de receber o atendimento adequado, o encaminhamento para especialidades, cirurgias, internações, eles ficavam sem essa atenção”, pondera Alessandra Amaral, coordenadora do TerPaz pela Sespa; de Saúde Bucal; e da Policlínica Itinerante.

De acordo com o relatório da Câmara Técnica, foram realizadas 1.464 ações nos territórios.

“Em um ano, levamos desde a triagem com verificação de pressão arterial, glicemia, encaminhamos para os atendimentos médicos - ortopedistas, pediatras, cardiologistas e clínico geral. E quando havia necessidade de um encaminhamento para um atendimento especializado, nós também fazíamos porque levávamos a regulação, e o paciente já saía com hora e data marcada para a consulta especializada no Estado e também, se necessário cirurgia com exames pré-operatórios solicitados durante o TerPaz. Tínhamos atendimentos odontológicos em parceria com a Polícia Militar e com as prefeituras de Ananindeua e Marituba”, detalhou Alessandra.

As ações incluíam também emissão do cartão do SUS (Sistema Único de Saúde), testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C, vacinação contra sarampo, distribuição de preservativos, palestras educativas de saúde bucal e distribuição de kits de higiene bucal.

“Conseguimos detectar HIV em uma grávida de oito meses de gestação, que foi encaminhada para tratamento específico que protegeu o bebê no nascimento. Também conseguimos ajudar uma moradora com obesidade que não conseguia sair de casa, vivia em uma cama e não se levantava. O TerPaz viabilizou a consulta e internação hospitalar para tratamento e preparação para cirurgia bariátrica a ser feita após a pandemia. E se Deus quiser ela vai voltar a ter uma qualidade de vida. Foi uma alegria muito grande avançar com resultados de saúde para ela”, lembra a coordenadora.

Com o programa de saúde itinerante, a Sespa tem um balanço positivo das 99 ações realizadas durante o ano, por meio do Projeto Saúde por Todo o Pará e dentro do Programa Territórios pela Paz (TerPaz). Foram 79.102 procedimentos, dos quais 13.170 consultas médicas e 6.842 encaminhamentos por meio do Sistema de Regulação (Sisreg). O programa ampliou o acesso