FORMAÇÃO
Objetivo é formar pessoas capacitadas para trabalhar dentro de suas comunidades na tentativa de solucionar os problemas
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) deu início, nesta terça-feira (30), ao curso de Formação de Agentes Ambientais que segue até dia 2, das 9h às 12h, na Usina da Paz do Território do Icuí-Guajará, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB). Na atividade, técnicos da Semas apresentam informações sobre coleta seletiva de resíduos sólidos, reciclagem e envolvem os participantes em debates sobre os principais temas da atualidade relativos ao meio ambiente.
"O objetivo é formar pessoas capacitadas para trabalhar dentro de suas comunidades na tentativa de solucionar os problemas mais recorrentes. Aqui, a gente faz as explicações das temáticas voltadas para os problemas ambientais, a poluição do solo, do ar, na tentativa de sensibilizar esse público que está aqui para as questões ambientais. Ao longo da semana, serão formadas equipes que vão trabalhar com planos de ação para solução desses problemas e vão apresentar também as possíveis soluções", informa Ivonete Ribeiro, técnica em gestão ambiental da Semas.
Pâmela Doralice, moradora do Icuí, afirma que o principal problema de seu bairro é o acúmulo e descarte incorreto de lixo. Para ela, os conhecimentos passados no curso podem ajudar a sua comunidade. "Ajuda muito, tanto a ter mais conhecimento quanto a passar esse conhecimento para a população do nosso bairro, da nossa comunidade. Já aprendemos sobre a reciclagem e a não descartar o lixo de forma errada. O descarte do lixo é um dos nossos principais problemas. Porque o acúmulo de lixo causa enchente, além de outros males para o meio ambiente e para a nossa saúde. Hoje, é o primeiro dia do curso, mas já estamos com planos de conscientizar a população justamente com esse problema do lixo. Ontem, a gente passou em frente a uma creche e já vimos muito lixo, muito entulho."
Ânderson Bruno, também morador do Icuí, destaca o lixo como principal problema ambiental local. Ele aposta em estratégias de comunicação para alertar e sensibilizar sua comunidade. "O principal problema ambiental aqui é o descarte do lixo e isso por causa da falta de informação que a comunidade tem. O curso é muito necessário para informar as pessoas sobre a necessidade de recolher e separar o seu lixo. A forma que eu tenho de ajudar é repassar todo o conhecimento para a comunidade, isso é muito importante. A gente tem meios para isso, pelas redes sociais. E a gente pode reunir toda a comunidade, discutir soluções, apresentar problemas. Já tenho um projeto, que é um jornalzinho ambiental, um boletim informativo, que a gente distribui nas escolas, os alunos repassam para os pais e eles discutem as melhores formas de interagir."
Coordenadora de Educação Ambiental da Semas, Andreia Monteiro, apontou que cursos anteriores já estão resultando em ações práticas no bairro, como as "blitz ambientais", em que os agentes abordam os moradores para evitar descarte incorreto de resíduos. "O curso é aberto para a comunidade em geral, nós temos aqui moradores do bairros do Icuí e também Cidade Nova e Jaderlândia, o objetivo é sensibilizar os participantes para as problemáticas ambientais, para que a gente possa desenvolver ações e atividades para melhorar a qualidade de vida das pessoas. As pessoas que participaram do curso começam a desenvolver atividades na comunidade, nas ruas e nos bairros em que elas moram, começam a trabalhar as questões ambientais. Alguns moradores daqui do bairro do Icuí já estão trabalhando, se preocupando com coleta seletiva, fazendo 'blitz ambiental' na rua onde eles moram, sensibilizando os vizinhos para que eles coloquem o lixo só no dia e no horário do carro coletor para evitar que esse material fique jogado na rua, trabalhando com crianças, desenvolvendo as atividades de educação ambiental, sendo os nossos multiplicadores dentro do bairro".
Por Bruna Brabo (SEMAS)
A iniciativa fortalece a cidadania e a formação profissional, contribuindo para os laços comunitários e o protagonismo das novas gerações
Cerca de 40 jovens moradores do bairro da Cabanagem, em Belém, participaram na manhã desta terça-feira (14), na Escola Cristo Redentor, da aula inaugural do projeto “Escola de Formação e Liderança para a Juventude” realizado pela Fundação ParáPaz, dentro dos bairros atendidos pelo programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do Governo do Estado.
O objetivo é promover formação de liderança para jovens, entre 14 a 29 anos, oferecendo ações direcionadas na construção da cidadania e a formação profissional, contribuindo para o fortalecimento comunitário e o protagonismo desses jovens. As aulas serão realizadas nas terças e quintas e seguem até dezembro deste ano.
“Esse projeto é voltado, além da capacitação para o mercado de trabalho, a todos os direitos que envolvem a juventude, como assistência social, o direito de ir e vir, direito da voz e serem protagonistas da sua própria história. Nós estamos formando todos esses jovens para serem líderes dos seus próprios territórios, os direitos que eles possuem e provocar as esferas estaduais, municipais e as lideranças para poderem usufruir dos direitos que lhes são favoráveis”, informou a assistente Social, Isabela Maia, coordenadora substituta do polo ParáPaz na Cabanagem.
Foto: João Fernando/NUCOM SEAC
O estudante Marcos Wilson, de 17 anos, agradeceu a oportunidade de participar do projeto. “Eu estava um tempo sem fazer nada, veio a pandemia e não pude fazer mais nenhum curso, que bom que apareceu esse projeto, estou gostando, sempre é bom ter novos conhecimentos”, disse o jovem.
Durante a aula inaugural, os jovens puderam conhecer também alguns serviços da Fundação ParáPaz, como o projeto “Espaços Abertos”, que são diversas atividades de interação social voltadas ao entretenimento e lazer, como tênis de mesa, jogos de tabuleiros e xadrez. Além dos serviços do “Balcão da juventude”, que permite que esses jovens tenham acesso a serviços básicos, como elaboração de currículo, teste vocacional, emissão da carteira do ID Jovem, emissão do Número de Identificação Social (NIS), da carteira de trabalho, impressão de cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e de CPF, além de orientação e cadastro no e-Título.
Foto: João Fernando/NUCOM SEAC
A Yasmim Barbosa, de 17 anos, estava precisando de um direcionamento profissional e tirar alguns documentos. “Quero ter uma experiência e uma orientação profissional, eu tenho um sonho de fazer medicina ou direito, também gosto da área da administração, então vejo que esse projeto vai me ajudar muito, além disso, eu vou aproveitar para tirar minha carteira de trabalho e o ID Jovem”, contou.
Fortalecimento comunitário
De acordo com a gestora do TerPaz na Cabanagem, Ivanilda Vieira, ações como essa vão fortalecer as lideranças comunitárias e despertar a consciência coletiva dos jovens. “Esse projeto tem uma importância muito grande porque aqui na Cabanagem não temos uma liderança consolidada, não sabem seus direitos, então o objetivo é justamente esse formar grupos, serem cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres e onde eles podem buscar essa orientação para serem realmente lideranças que possam contribuir não olhando apenas para si, mas para o coletivo, para o bairro”, disse Ivanilda Vieira.
As inscrições para o “Escola de Formação e Liderança para a Juventude” na Cabanagem já encerraram, porém, o projeto também vai abrir turma no TerPaz Guamá, na Escola Barão de Igarapé-Miri (Passagem Barão de Mamoré, 767). E, em breve, outros territórios também serão beneficiados.
Por Paulo Garcia (SEAC)
São 50 vagas disponíveis, com objetivo de formar profissionais da área de saúde
O Governo do Pará, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), oferece, até o próximo dia 9, inscrições para o curso técnico de enfermagem para jovens que residem nos Territórios pela Paz. São 50 vagas disponíveis, com objetivo de formar profissionais da área de saúde. O curso será pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), na modalidade semipresencial.
A parceria ocorre por meio do programa Pará Profissional, que tem como foco a formação de mão de obra e a capacitação em todas as regiões do Pará.
“Esse curso é decorrente de várias parcerias que nós já temos e está sendo ofertado dentro da nossa relação com o programa Territórios pelo Paz. Este terá duração de cerca de 1 ano e 6 meses, com carga horária de 1.800 horas, sendo que 600 horas são de estágio” - Carlos Maneschy, titular da Sectet.
Os candidatos devem ter idade mínima de 18 anos no momento da conclusão do curso; ter afinidade/aptidão para trabalhar na área da saúde; estar cursando, no mínimo, o 2º ano do ensino médio; e ter cursado ou estar cursando o ensino médio na rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista, integral ou parcial. Além disso, precisa comprovar a residência em um dos bairros atendidos pelo TerPaz: Bengui, Cabanagem, Guamá, Jurunas, Terra Firme, em Belém; Icuí, em Ananindeua; e Nova União, em Marituba.
Geração de emprego
Mesmo no cenário de uma pandemia, que gera impactos negativos na economia, o Pará obteve o melhor resultado para o mês de julho nos últimos dez anos na geração de novos postos de trabalho. O saldo de 7.356 vagas, entre admitidos e desligados, deixou o Estado com o 5º melhor resultado do Brasil.
Segundo o Dieese-PA, todos os setores econômicos do Pará apresentaram crescimento, com destaque para a construção civil (com 2.689 postos), seguido do setor da indústria em geral (1.361 postos); comércio (1.261); serviços (1.242) e setor agropecuário (803 postos).
Serviço:
Curso técnico de enfermagem para jovens que residem nos Territórios pela Paz. Inscrições até o próximo dia 9 de setembro. O edital pode ser acessado pelo site da Sectet.
Por Jeniffer Galvão (SECTET)
Iniciativa é da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) em parceria com a UFPA, dentro do Programa Territórios Pela Paz.
Foram entregues, na manhã desta sexta-feira (28), os certificados de conclusão do curso de Agente de Cadastramento do projeto “Meu Endereço: lugar de paz e segurança social”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) em parceria com a Comissão de Regularização Fundiária da Universidade Federal do Pará (CRF/UFPA) nos bairros atendidos pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do Governo do Pará. A cerimônia foi realizada no auditório da Escola de Governança Pública do Pará (EGPA).
A turma de concluintes do curso é formada por 17 mulheres e dois homens, moradores dos bairros Guamá, Terra Firme, Jurunas, Cabanagem e Benguí, em Belém; Nova União, em Marituba e Icuí Guajará, em Ananindeua.
O vice-coordenador do projeto, Renato Neves, lembrou emocionado que o curso foi marcado por um ambiente rico em aprendizagem para todos. “Essa é uma turma plural, representando realidades diferentes. Um aprendizado que vem da rua para a sala de aula”, disse.
Inclusão
A representante do Núcleo de Articulação da Cidadania (NAC) da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), Delma Braga, destacou que um dos objetivos do TerPaz é inserir a população nas políticas públicas e elogiou a dedicação dos moradores que fizeram o curso.
“É com orgulho que vejo agora os agentes de cadastramento recebendo seus certificados para atuar nesse projeto que é fundamental para os sete territórios do Terpaz”, frisou Delma Braga.
O titular da Sectet, Carlos Maneschy, ressaltou que, com o TerPaz, o governo do estado visa à redução da violência urbana levando até os moradores a possibilidade de inclusão social e cidadania. “A moradia digna é um direito fundamental. Para muitas pessoas é difícil responder à simples pergunta: onde você mora? Muitos não têm essa resposta e o projeto Meu Endereço vem ao encontro dessa necessidade, permitindo que possam ter clareza do espaço que ocupam na cidade”, esclareceu o secretário.
A importância de ter o próprio endereço foi destacada pela coordenadora do projeto, Myrian Cardoso. “Sem endereço certo não é possível fazer a regularização fundiária, sem endereço certo os serviços públicos não chegam”, enfatizou.
O secretário adjunto da Seac, Raimundo Santos Júnior, ressaltou que são muitos os conflitos por questões fundiárias e o Meu Endereço busca tornar realidade o direito fundamental à moradia. “Nossos principais objetivos são trazer transformação social, diminuir os índices da violência e promover a inclusão social. O projeto Meu Endereço caiu como uma luva no Programa TerPaz, veio trazer para a realidade esse direito tão importante que é o direito à moradia”, evidenciou.
Kits Meu Endereço
Durante a cerimônia nesta sexta-feira também foram entregues os primeiros Kits Meu Endereço, um conjunto de documentos essenciais para que as famílias tenham acesso a políticas públicas como a regularização fundiária e auxílios para melhorias habitacionais.
Dilma Marcelino Nunes, da Terra Firme, e Andréa Rodrigues Campelo, da Cabanagem, receberam seus kits, expressando a satisfação em saber seus endereços certos.
“A palavra de ordem é gratidão. É um projeto que começou no TerPaz lá na Cabanagem. Nós moradores nem acreditamos que está realmente acontecendo. Eu me sinto privilegiada em ser uma das primeiras moradoras a receber esses documentos e descobri que não moro na Cabanagem, moro no Coqueiro”, disse sorrindo Andréa.
Os Kits são compostos pelas plantas de localização do imóvel, de limite de lote, de condições socioambientais da moradia, de avaliação dos imóveis e as guias de encaminhamentos para a solução das demandas das famílias junto ao Governo do Pará. Até o final do ano devem ser entregues 500 kits a moradores dos sete bairros do TerPaz.
Os cursos realizados pela Sectet são ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Vestida a caráter, Polliane Machado dos Santos, expressou a satisfação em ter feito o curso de Garçom/Garçonete, ofertado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), por meio do Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do governo do estado.
“Vim a caráter para demonstrar que o curso abriu oportunidade de trabalhar. Por essa oportunidade eu agradeço a todos os envolvidos em nome da nossa turma”, disse Polliane, que fez o curso no bairro da Terra Firme, em Belém.
O discurso rápido e emocionado foi feito durante a cerimônia de entrega dos certificados, realizada nesta terça-feira (28), no Teatro Waldemar Henrique, onde estavam reunidos todos os que fizeram os curso de Formação Inicial e Continuada para Jovens e Adultos nos territórios atendidos pelo TerPaz em 2019.
O titular da Sectet, Carlos Maneschy, destacou o protagonismo das pessoas, a maioria jovens, que estavam recebendo a certificação.
“Vocês são as estrelas dessa manhã. Tenho a certeza de que essa será a primeira etapa de uma vida de sonhos realizados. Desejo sucesso a todos vocês”, disse ao incentivar que todos deem continuidade à formação, à qualificação profissional.
Oportunidade para todos – O secretário ressaltou a capacidade visionária do governador Helder Barbalho ao idealizar e implementar o TerPaz, com ações integradas dos órgãos de segurança pública e demais instituições do governo. Carlos Maneschy ressaltou que as ações de segurança “são o primeiro passo para a redução dos índices de violência urbana, como os dados têm demonstrado. O segundo passo, estratégico e decisivo para manter um ambiente de paz, é dar oportunidade para todos”, enfatizou referindo-se à oferta de cursos de qualificação profissional e outras ações sociais levadas aos sete bairros atendidos pelo TerPaz.
A gerente do Centro de Educação Profissional do Senac em Belém, Brenda Fortes, agradeceu a parceria que possibilita ter mais profissionais habilitados ao mercado de trabalho. “Além do perfil técnico, trabalhamos o aspecto humano e crítico para que possam influenciar positivamente o mercado”, destacou.
Compromisso – A coordenadora do TerPaz na Cabanagem, em Belém, Marisa Lima, falou em nome das demais coordenadoras dos territórios. Ela agradeceu o compromisso da Sectet em promover a qualificação profissional por meio do Programa. “É a garantia do direito de inserção no mercado de trabalho. Éramos abandonados e agora temos a presença do estado”, declarou.
A secretária adjunta da Sectet, Edilza Fontes, ressaltou que não se pode resolver os problemas sociais sem dar oportunidade para que as pessoas possam garantir a sua própria sobrevivência e de suas famílias. “A construção da paz é uma ação conjunta de toda a sociedade, que precisa estar motivada. O TerPaz traz essa motivação e juntos, governo, diretores de escolas, lideranças comunitárias e moradores, vamos trabalhar para tornar realidade o sonho de uma sociedade mais justa e igualitária”.
Inclusão – Stephanye Brito Ricardo, deficiente auditiva, foi a representante da turma do curso de Design de Sobrancelhas e Embelezamento de Cílios, realizado no bairro do Benguí, em Belém. Ela foi ao palco acompanhada da tia dela, Keiciany Ricardo Moreira, que fez a tradução da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Stephanye falou da alegria em ser aceita no curso e poder ter uma qualificação profissional. Ela agradeceu a oportunidade.
Keiciany relatou a dificuldade em encontrar cursos para a sobrinha, pois não há tradutor de Libras e não a aceitavam na sala de aula para fazer a tradução. “Quando fomos tentar a inscrição no curso, eu fui aceita na turma para fazer a tradução das aulas para a Stephanye. Agradecemos muito a oportunidade”.
Em nome da turma de “Atendente de Farmácia”, em Marituba, Jamile Travassos, destacou que o curso “resgatou sonhos e principalmente valores. Esperamos que a cada dia os índices de violência caiam e as oportunidades para a população cresçam”.
Receberam os certificados cerca de 250 pessoas que participaram de dez cursos realizados nos sete bairros atendidos pelo TerPaz: Benguí, Cabanagem, Guamá, Jurunas e Terra Firme, em Belém; Icuí, em Ananindeua; e Nova União, em Marituba.
O curso faz parte das atividades desenvolvidas pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz) do Governo do Estado.
Como os demais alunos, Márcio Brito e Viviane Cardoso estavam atentos às explicações sobre os detalhes do funcionamento do curso “Cuidador de Idoso” que começaram a fazer nesta segunda-feira (27) na escola estadual Camilo Salgado, no Jurunas. O curso é realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).
“Eu agradeço a oportunidade de poder aumentar meus conhecimentos na profissão e melhorar a minha colocação no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo”, diz Márcio, que já atua na área de cuidados com idosos. Viviane também já trabalha como cuidadora e se inscreveu no curso para acrescentar à sua prática conhecimentos mais aprofundados, principalmente em relação à saúde dos mais velhos.
Rubens Sanches, representante da Sectet, recepcionou a turma em nome da secretaria e do governo. Ele enfatizou a importância de todos aproveitarem ao máximo o curso, evitando faltar às aulas, que serão realizadas de segunda a sexta, das 8h às 12h. “Aproveitem essa oportunidade que o governo do estado traz para vocês. Oportunidade de ter uma formação de qualidade que vai abrir as portas do mercado nessa área que tem crescido muito”, frisou Rubens.
Atenção à saúde – Por aproximadamente dois meses – até o dia 25/03 – os 25 selecionados para fazer o curso assistirão às aulas das técnicas do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), as enfermeiras Celice Xavier e Cristiane Santos. Celice explicou aos alunos como o curso funciona, qual o conteúdo programático e as formas de avaliação da turma.
Os alunos terão aulas de como estimular a independência e a autonomia dos idosos para que tenham melhor qualidade de vida e como fazer o acompanhamento das atividades diárias deles, inclusive com noções de atendimento básico à saúde, como verificar a pressão arterial, por exemplo. “E não apenas ver se a pressão está alta ou baixa, mas entender o que isso significa e como agir, saber o que fazer nessas situações”, ressaltou Celice.
Karoline Lima, gerente da Coordenação de Formação Inicial e Continuada da Sectet, ressalta que outros cursos serão ofertados pela secretaria este ano nos territórios atendidos pelo TerPaz. “Nosso objetivo é levar oportunidade de formação profissional para as pessoas em seus próprios bairros, ambiente onde já convivem e têm familiaridade”, destaca Karoline.
Curso envolve a transmissão do conhecimento da legislação ambiental, das políticas Nacional e Estadual voltadas ao meio ambiente e estimula a percepção de problemas ambientais da comunidade.
Moradores do bairro Icuí-Guajará, no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, participam de uma oficina de formação de Agentes Ambientais promovida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O evento, que faz parte do Programa do Governo do Pará Territórios pela Paz (TerPaz), começou nesta segunda-feira (27) e prossegue até sexta-feira (31). Outros seis bairros de Belém, Ananindeua e Marituba são atendidos pelo TerPaz, com ações interinstitucionais no reforço da segurança e cidadania dessas comunidades.
O curso preparatório acontece na Escola Maria de Nazaré Rios e envolve a transmissão do conhecimento da legislação ambiental, das políticas Nacional e Estadual voltadas ao meio ambiente e estimula a percepção de problemas ambientais da comunidade, com orientações para o planejamento e execução de planos de ações coletivas na busca de soluções às questões socioambientais do local.
O cientista ambiental da Semas, Raphael Sereni, informa que durante a semana serão apresentadas temáticas ambientais a fim de que os participantes identifiquem as realidades locais e proponham medidas mitigadoras e sustentáveis para o município de Ananindeua.
“A formação de Agentes Ambientais no Icuí-Guajará conta com a participação da população local e também do bairro vizinho, PAAR, tornando a atividade muito mais interessante no âmbito dos debates e propostas de planos de ações a serem construídos pelos Agentes em formação”, avalia o palestrante.
A pedagoga Nelma Souza, liderança na Associação de Quadra do Residencial Uirapuru, onde reside, disse que é a primeira vez que participa de oficina ministrada pela Semas e considera muito oportuno o desenvolvimento do curso. “A iniciativa é muito boa e já estamos aprendendo coisas necessárias ao nosso dia a dia, para ajudar moradores do conjunto a cuidarmos bem do ambiente onde vivemos. Está sendo muito bom, excelente”, classifica a moradora.
“Essa formação tem por objetivo levar mais esclarecimentos sobre a necessidade de se fazer a conservação ambiental, despertando nos participantes o desejo de serem mais atuantes em suas comunidades. E eles já estão planejando levar pessoas diretamente responsáveis por desenvolver esse trabalho de preservação e sustentabilidade”, sustenta a pedagoga da Semas, Rosangela Santos, que também ministra a oficina.
O projeto é realizado pela Sectet e UFPA e contempla moradores de bairros atendidos pelo Programa Territórios pela Paz.
O Projeto “Meu Endereço, lugar de paz e segurança social” realiza nesta semana o terceiro módulo do curso “Formação de Agentes de Cadastramento”, direcionado às pessoas já selecionadas. O “Meu Endereço” é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), e faz parte das ações do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), implantado pelo governo do Estado como diretriz de combate à violência e às vulnerabilidades sociais.
O terceiro módulo foi iniciado na segunda-feira (20), e prossegue até sexta (24), com aulas teóricas realizadas na Seccional do Guamá. Participam os 21 moradores selecionados no ano passado – três de cada bairro: Bengui, Cabanagem, Guamá, Jurunas e Terra Firme, em Belém; Icuí, em Ananindeua, e Nova União, em Marituba.
As aulas teóricas são alternadas com o treinamento prático, que ocorre durante as visitas técnicas às famílias. “Neste módulo estamos vendo como elaborar o parecer técnico sobre as questões de habitabilidade, condições da estrutura física da residência e segurança geral do imóvel”, explicou a coordenadora do projeto, Myrian Cardoso.
Risco de acidente – Nesta quarta-feira (22), depois de assistir à apresentação de Myrian Cardoso, os participantes foram divididos em quatro equipes, que passaram a avaliar fotografias das residências das famílias que serão atendidas pelo projeto. Em seguida, cada grupo apresentou o que conseguiu identificar nas condições dos imóveis.
Caio Tavares, morador do bairro do Jurunas, foi porta-voz da sua equipe. O primeiro aspecto levantado pelo grupo foi a fiação elétrica pendurada na parede de madeira. “A fiação está exposta, próxima a sacos plásticos colocados nos vãos da madeira. É um risco muito grande de incêndios, que infelizmente são comuns na nossa cidade”, disse Caio Tavares.
Moradora da Terra Firme, Gabriela Santos chamou atenção para as frestas entre as tábuas, dizendo que a água da chuva pode contribuir para que haja curto-circuito. As equipes também destacaram a inexistência de acessibilidade, já que a moradora tem dificuldade de locomoção, e usa muleta. Clemilton Nogueira Júnior, do Jurunas, mostrou que a equipe dele também detectou o risco de doenças, já que ratos e animais peçonhentos poderiam entrar facilmente.
Módulos – Em 2019 foram realizados dois módulos do Curso de Agente de Cadastramento. O primeiro abordou noções gerais de cidadania e direito à cidade. No segundo, os participantes aprenderam como fazer o levantamento de informações físico-sociais das residências. Depois do módulo que está sendo realizado nesta semana, os agentes de cadastramento voltarão às aulas teóricas nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, para aprender sobre sistematização das informações levantadas.
Myrian Cardoso ressaltou que as etapas são sempre correlacionadas. “Vamos realizando a formação teórica ao mesmo tempo em que realizamos as visitas às famílias. Desta forma, os agentes vão aprimorando a teoria com a prática, e vice-versa”, informou, acrescentando que serão visitadas pelo menos 500 famílias cadastradas nos territórios. “As famílias que apresentarem condições mais urgentes terão prioridade no auxílio técnico e tecnológico oferecido pelo projeto”, garantiu a coordenadora.