DIA MUNDIAL 06/06 16h16

A programação reuniu estudantes de escolas próximas à Usina e também a turma do curso de Gerenciamento Logístico da Fundação La Sall

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) iniciou a programação do “Junho Verde”, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho, por meio da Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam). Nesta quinta-feira (1º), um diálogo com o objetivo de levar educação e preservação ambiental aos moradores do bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), na Usina da Paz Icuí-Guajará, que reuniu também alunos de escolas próximas.

Entre os convidados estavam alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria de Nazaré Marques Rios. A estudante Jennifer dos Santos, 13 anos, avaliou o evento como “muito importante porque aqui aprendemos mais sobre como preservar o meio ambiente, que também ajuda a gente a sobreviver. E gosto muito da natureza e amo animais”.

UsiPaz do bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua
UsiPaz do bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua. Foto: Pedro Guerreiro (Agência Pará)

Bióloga da Semas, Alessandra de Azevedo integra a equipe que realizou as ações, que segundo ele estimulam a responsabilidade ambiental, especialmente entre os jovens estudantes. “O resultado é 100% positivo, porque só o fato de a escola fazer toda uma articulação, sair da sua rotina e trazer os alunos para dentro da Usina, para um espaço que foi feito para eles. Já é 100% dentro daquilo que a gente tinha como objetivo”, afirmou a bióloga, acrescentando que “a gente precisa estar mais próximo da comunidade, para relembrar nossa ação enquanto seres humanos, porque assim como a gente usa os recursos naturais e, algumas vezes, acaba prejudicando, também podemos auxiliar na conservação”.

Exposição - Além da roda de conversa e do cine ambiental, com o filme “O que o plástico faz nos oceanos?”, os estudantes tiveram acesso à exposição itinerante da Zoologia, do Museu Paraense Emílio Goeldi, uma ação viabilizada pela parceria entre a Semas e o MPEG, que apresentou diversos animais taxidermizados (empalhados), vertebrados e invertebrados, englobando anfíbios, répteis, aves e mamíferos, além de borboletas, aranhas e escorpiões.

“A ideia é trazer estes animais aqui pra eles, fazer esta amostra no mês da biodiversidade, mostrar pra eles um pouco desses animais para formar futuros zoólogos. Tinha um menino aqui, o Janderson, que a gente começava a falar as coisas e ele já sabia tudo. Ele tem seis ou sete anos de idade. A gente também era assim quando criança. Um menino como ele, vindo aqui e vendo essa coleção de Zoologia, provavelmente vai lembrar disso daqui a 10, 15, 20 anos. A ideia é isso. A gente traz as comunidades para essas coleções itinerantes, Semas e Museu juntos, para poder inspirar futuros profissionais”, ressaltou o servidor da Semas Alexandre Missassi.

Troca de conhecimento – A Semas, por meio da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), também promoveu a visita de campo da turma do curso de Gerenciamento Logístico da Fundação La Salle ao bairro do Icuí-Guajará. A visita técnica ocorreu na última quarta-feira (31), quando 24 jovens, entre 14 e 24 anos, tiveram a oportunidade de expandir seus conhecimentos.

“A partir do curso, a gente viu que também tem a possibilidade da visita de campo, e a Secretaria de Meio Ambiente fez essa parceria também para que eles, os alunos, pudessem colocar em prática, e ver como é o dia de um gerenciamento logístico e de modo especial do governo, a gestão pública. Foi esse o objetivo final da visita técnica, de fazer com que eles possam ter esse conhecimento técnico mesmo no dia a dia do curso”, explicou a coordenadora da Fundação La Salle, Márcia Guedes.

Os estudantes conheceram o setor de Tecnologia da Semas, dialogaram e aprofundaram conhecimentos na área de Logística, debatendo sobre temas atuais. Também estiveram na biblioteca, com acesso ao vasto acervo de livros da Secretaria, e participaram da Feira da Agricultura Familiar, que ocorre mensalmente na sede da Semas e na Casa Vicente de Paulo, onde aprenderam mais sobre mercado sustentável, como a criação e venda de ecobijuterias.

Texto: Aline Saavedra (SEMAS)

 


DIA MUNDIAL 12/04 11h43

A UsiPaz Jurunas-Condor oferece várias atividades a crianças com deficiência, permitindo a inclusão e o desenvolvimento de habilidades.

Atividades na UsiPaz Jurunas-Condor ajudam o desenvolvimento de crianças diagnosticadas com transtornos

Atividades na UsiPaz Jurunas-Condor ajudam o desenvolvimento de crianças diagnosticadas com transtornos /Foto: Luíz Pinheiro

Complexo de promoção da cidadania, a Usina da Paz Jurunas-Condor também integra a rede de suporte às políticas públicas voltadas a pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A UsiPaz já é referência para dezenas de famílias de pessoas com autismo e outros transtornos, atendidas pelo governo do Estado. No domingo (02), Dia Mundial da Conscientização do Autismo, familiares destacam a importância das atividades inclusivas para o desenvolvimento cognitivo e a socialização das crianças.

 UsiPaz proporciona qualidade de vida à meninaLaise Ferreira e a filha Lana: UsiPaz proporciona qualidade de vida à menina /Foto: Felipe Lemos / Nucom Seac

A menina Lana, hoje com 12 anos, foi diagnosticada com TEA ainda na infância. A mãe, Laíse Ferreira, conta que levou um susto ao saber que a filha tinha Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade e outras comorbidades. “Esperamos um filho durante nove meses, e receber esse diagnóstico é muito difícil. Não sabia o que fazer. O médico informou que a minha filha não iria andar, falar, ler, escrever ou comer sozinha”, diz Laíse, que procurou meios para desenvolver as habilidades da criança. 

“A Usina da Paz tem me ajudado bastante na busca da melhoria na vida da minha filha, já que tem vários projetos, como teatro, palhaçaria, dança, leitura, escrita, informática e robótica. Tudo gratuito, e que minha filha ama participar. Ela me pede para vir porque ama interagir com os amiguinhos, algo que tinha dificuldade. Sem contar que somos recebidas sempre com sorrisos e abraços dos profissionais daqui”, garante Laíse Ferreira.

Lana faz o curso de Robótica há cerca de três meses, e já aprendeu a programar robôs. Além disso, ela frequenta atividades na brinquedoteca e participa de diversas oficinas. “Eu gosto bastante daqui. Me sinto incluída. Eu pego vários livros, brinco, pinto e desenho”, conta Lana. 

Yuri José frequenta a biblioteca e pratica nataçãoYuri José frequenta a biblioteca e pratica natação /Foto: Luíz Pinheiro

Interação e diversão - Quem também encontrou na UsiPaz uma rede de apoio foi Keyse Silva, mãe de Yuri José, que participa das atividades na biblioteca infantil e da contação de histórias, e ainda pratica natação. “Ele ama estar na Usina. Faço muita questão que ele participe de todas as atividades, que interaja, brinque e se divirta. É de grande importância para ele, pois se sente feliz e acolhido. Como mãe, fico extremamente grata pela Usina trazer inclusão, acolhendo, respeitando e entendendo a condição dele”, acrescenta Keyse.

A falta de informação é um dos primeiros desafios enfrentados por pais de pessoas com autismo. A assistente social da UsiPaz Jurunas-Condor, Helen Arnaud, identifica crianças que podem ter alguma comorbidade. “Nos deparamos com muitas mães sem o diagnóstico, que não sabem a importância do laudo ou até mesmo aquelas que têm laudo, mas não sabem como agir, quem procurar, onde há atividades voltadas para essas crianças”, explica a profissional.

Rosenilde Santos, organizadora do projeto de inclusãoRosenilde Santos, organizadora do projeto de inclusão /Foto: Felipe Lemos /Nucom Seac

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta cerca de 70 milhões de pessoas no planeta. A pedagoga Rosenilde Santos, responsável pela organização do projeto de inclusão, ressalta a importância das atividades dentro das UsiPaz. “A demanda é muito grande, e precisamos pensar em projetos que incluam todos os tipos de criança, sem excluir nenhuma. Essas crianças precisam sair mais de casa, socializar, e a Usina é um espaço de todos, inclusive deles”, destaca Rosenilde Santos.

A UsiPaz, em parceria com a Fundação Cultural do Pará (FCP), oferece oficinas e o pódio da leitura, projeto que incentiva crianças a ler, mesmo que ainda não saibam escrever por conta do transtorno. Elas podem se expressar de qualquer maneira. “Além disso, tem contação de história e Yoga. Ainda é um projeto-piloto no complexo, mas que está tendo excelentes resultados, e tem tudo para dar certo”, ressalta a pedagoga. 

Helen Arnaud, assistente social da UsiPaz Jurunas-CondorHelen Arnaud, assistente social da UsiPaz Jurunas-Condor /Foto: Felipe Lemos / Nucom Seac

As atividades são desenvolvidas na UsiPaz Jurunas-Condor, mas devem chegar às outras Usinas. O titular da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), Igor Normando, enfatiza a importância das políticas públicas para pessoas com autismo. “Precisamos ouvir sobre boas práticas que são realizadas, e do que a comunidade precisa para podermos definir um referencial e expandir o projeto para outras Usinas. Além disso, acolher as mães, que muitas vezes ficam sobrecarregadas com tanta responsabilidade, além de dar atenção também para a saúde mental”, diz o secretário, à frente do órgão responsável pela coordenação das Usinas da Paz.

Texto: Aline Seabra / Nucom Seac