INCLUSÃO SOCIAL E ECONÔMICA
Programação na UsiPaz Jurunas/Condor integra as celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, realizadas durante todo este mês de março.
A cantora Keila acompanhada por músicos instrumentistas em programação cultural na UsiPaz /Foto: Mário Quadros /Secult
No próximo sábado, 25, a Usina da Paz Jurunas/Condor recebe a programação “Usina das Manas”, ação que vem sendo realizadas em todas as UsiPaz desde o início do mês de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
Realizada pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), a Usina das Manas é uma programação especial do TerPaz onde cada Usina da Paz adotou para si pautas importantes a serem discutidas sobre a realidade da mulher paraense.
Para UsiPaz Jurunas/Condor, a pauta adotada é a produção cultural feita por mulheres nas periferias. Para isso, uma mesa com importantes mulheres fazedoras de cultura será conduzida às 10h, por Carol Sales, artista e produtora cultural.
Pensada como uma programação plural e diversificada, a Usina das Manas foi construída em conjunto com grupos representativos, sendo a Usina da Paz Jurunas/Condor escolhida para receber as ações voltadas para fazedoras de Cultura de Belém e Região Metropolitana.
“Estamos ocupando o espaço para troca de ideias e vivências com algumas manas produtoras para falar sobre a importância das intervenções culturais em espaços periféricos e como isso impacta nossa relação com o Território”, explica a produtora.
Carol Sales destaca a importância de abrir espaços para a troca de saberes e experiências entre mulheres produtoras independentes. “É importante que se abra esse espaço para falarmos das nossas vivências e principalmente compartilhar nossos percursos até aqui. Por isso, a UsiPaz Jurunas/Condor faz um convite especial a todas aquelas que são artistas, performes, educadoras, pesquisadoras e produtoras de cultura nas periferias de Belém para participarem dessa programação especial para elas”, conclui.
Tendo como tema "Experiências e experimentações das fazedoras de cultura nas periferias de Belém”, a roda de conversa terá a participação das produtoras: Jazz Mota, que é fundadora, produtora e diretora do Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia - Ava Amazônia, além de ser publicitária, especializada em Produção Executiva e Gestão para TV e Cinema, Mestre em Partnership, Xamanismo e Tradiçōes Nativas pela Università Degli Studi di Udine (Itália); Ruth Ferreira, que é historiadora, pesquisadora, ativista e educadora do Museu D'água, Gueto Hub e COP das baixadas; e Nanda Lima, educadora social, artesã, graduanda em Serviço Social e integrante do Grupo de Mulheres Negras Maria Felipa Aranha/Mocambo.
Além da roda de conversa, a Usina das Manas também terá serviços de emissão de documentos e atendimentos médicos e saúde, incluindo teste para HIV, Sífilis e Hepatites, além de maquiagem e aula de yoga. A programação será encerrada com um grande show da cantora Keila, ao meio-dia.
Serviço
Usina das Manas na UsiPaz Jurunas/Condor
Roda de conversa, serviços de saúde e cidadania e show com Keila.
Às 10h. A entrada é franca.
A Usina da Paz Jurunas/Condor fica na Travessa Quintino Bocaiúva, entre a avenida Bernardo Sayão e travessa Honório José dos Santos, s/n, em frente à UPA do Jurunas.
Texto: Dani Franco /Nucom Seac
Moradores das UsiPaz Cabanagem, em Belém, e Nova União, em Marituba, tiveram a oportunidade de aprender sobre embalagens, bolsas, entre outros produtos.A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) concluiu, na sexta-feira (25), os cursos de capacitação oferecidos a moradores do bairro da Cabanagem, em Belém, e do Nova União, em Marituba. As oficinas de embalagens para presentes, mini bolsas e peças artesanais recicláveis em juta foram realizadas durante a semana nos citados complexos comunitários. A programação estreou a sala de corte e costura da UsiPaz Nova União, em Marituba.
As oficinas representam a continuidade da parceria entre a Sedeme, a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC) e o programa Territórios pela Paz (TerPaz), e foram concluídas com a entrega de certificados às alunas. O objetivo da iniciativa é contribuir com o desenvolvimento econômico e social nos territórios, proporcionando geração de renda extra a partir do conhecimento disseminado nas turmas formadas nas Usinas.
“O curso foi de muita importância para mim, pois apesar de já trabalhar com costura, sempre tive vontade de aprender a confeccionar bolsas, e a partir de hoje não vou deixar passar nenhuma oportunidade, porque mesmo com poucos dias, as aulas foram de bastante proveito”, afirmou a costureira, Izalene Silva, que participou da primeira oficina da sala de costura da UsiPaz Nova União, em Marituba.
Rita Queiroga, supervisora de Produção da CTC, relatou sobre a oficina ter todas as suas vagas preenchidas e de como tudo foi organizado de forma assídua nas aulas. “Fica claro a satisfação e o bem estar das pessoas por estarem em um ambiente saudável, aprendendo formas enriquecedoras de continuar os seus projetos, planos e sonhos com as peças que elas criaram”, informou.
Andréia Mendes, revendedora de cosméticos e moradora do bairro da Cabanagem, disse que a experiência ajudou tanto profissionalmente quanto mentalmente, “Adquiri muita experiência, foi um aprendizado maravilhoso que serviu de terapia para todos nós, foi muito proveitoso e aprimorou tudo que eu já sabia, espero que a eu consiga repassar todo o conhecimento no qual foi apresentado”, ressaltou.
Márcio Alfredo, coordenador do núcleo do TerPaz na Sedeme, falou sobre a satisfação de finalizar as oficinas que fazem parte do programa, “É sempre um prazer ver um novo grupo de alunos capacitados para um trabalho para auferir renda seguido ao curso, tivemos a oportunidades de formar duas turmas com alunos satisfeitos com as aulas lecionada pela CTC de forma prática que realmente qualifica os seus participantes, conforme o objetivo do Governo do Estado”, frisou.
*Texto de Lucas Sousa, sob supervisão de Igor Nascimento (Ascom Sedeme)
Por Igor Nascimento (SEDEME)
Entre as oportunidades de novos aprendizados, há aulas sobre Chapista, Vendedor Comércio e Varejo e Marcenaria Básica
A moradora da Terra Firme, Marisanta Lobato, de 44 anos, é uma das participantes do curso de Manipulação, Beneficiamento e Conservação de Frutas que iniciou ontem (21), na Escola Estadual Brigadeiro Fontenelle, em Belém. “Eu busco um crescimento profissional, eu sou agente de saúde e também artesã, então com esse novo curso quero ter mais autonomia e aumentar o meu negócio. Eu trabalho com confecção de crochê, bijuteria, bolsas, espero aproveitar o máximo”, disse entusiasmada.
O curso faz parte do “Qualifica Pará”, programa do governo do Estado, promovido pela Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), também nos bairros atendidos pelo programa Territórios Pela Paz (TerPaz).
Além do curso de Manipulação, Beneficiamento e Conservação de Frutas, foram iniciados o curso de Chapista e Atendente de Lanchonete, Vendedor Comércio e Varejo, Camareira, Marcenaria Básica e Instalador Hidráulico, em outros territórios do TerPaz, como Jurunas e Guamá, também em Belém e no Icuí-Guajará, em Ananindeua.
“A Seaster se sente lisonjeada e muito animada para levar os cursos do Qualifica Pará aos 144 municípios paraenses. Além de qualificação profissional, o programa contribuirá na abertura de empreendimentos que tenham viabilidade econômica onde forem implantados. Atender o público do TerPaz é primordial, entendendo que a cidadania também se dá através de geração de emprego e renda à população”, informou o titular da Seaster, Inocencio Gasparim.
No total, 120 pessoas foram inscritas nos cursos técnicos que possuem carga horária entre 100 e 200 horas. Para a diretora do Núcleo de Articulação da Cidadania, Juliana Barroso, da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), órgão responsável pelas ações do TerPaz, a demanda reprimida nesses bairros foi um fator determinante para a alta procura.
“Tivemos uma grande procura por esses cursos, só para ter noção, a maioria deles teve as vagas preenchidas horas após a abertura das inscrições. Isso mostra o quanto a população está precisando e busca a profissionalização no seu próprio bairro. Já estamos buscando novas estratégias para aumentar essas vagas e oferecer, em breve, novos cursos aos moradores atendidos pelo TerPaz”, disse Juliana.
A Marisanta é um exemplo. Ela não perde uma oportunidade de se capacitar e buscar novas áreas de conhecimento. “Eu já fiz outros cursos ofertados pelo TerPaz, é muito bom se capacitar, esses cursos abrem novos horizontes. Essas trocas de experiências e conversas com o professor e os outros participantes ajudam e muito. É uma forma de atrair e despertar mais o nosso interesse”, ponderou.
Serviço - Outros cursos ofertados pelo Programa Qualifica Pará, nos bairros atendidos pelo TerPaz, serão divulgados em breve nas redes sociais da Seac.
Por Paulo Garcia (SEAC)