'QUE NEM MARÉ'

Promovida pela Seduc e Fundação Cultural do Pará, a programação mostra os resultado dos cursos de dança e contação de poemas, oferecidos aos frequentadores das bibliotecas

A programação “Natal na UsiPaz” prosseguiu na Usina da Paz Jurunas/Condor, em Belém, na tarde desta quarta-feira (21), com atrações que mostram os resultado dos cursos de dança e contação de poemas, oferecidos aos jovens frequentadores das bibliotecas adulto e infantil. O evento foi promovido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Fundação Cultural do Pará (FCP).

O Sarau “Que Nem Maré” reuniu atrações musicais, coral natalino, dança, teatro, poesia, cinema, dinâmicas e muita brincadeira. A atividade faz parte do Projeto "Que Nem Maré vai às Usinas", da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que promove intercâmbio das produções culturais entre jovens de diferentes territórios.

“Estamos trazendo o encerramento das atividades do TerPaz (Programa Territórios pela Paz) que foram realizadas durante três meses na Escola Estadual Placídia Cardoso e na USE (Unidade Seduc na Escola) Jurunas. Trazer esse evento pra cá é muito importante, porque as Usinas da Paz são estruturas e espaços não formais de educação, e as escolas são espaços formais. O evento é o diálogo entre esses dois espaços”, frisou a professora Lília Melo, coordenadora do projeto.

Coordenador-geral da UsiPaz Jurunas/Condor, Lucas Carneiro ressaltou que “esse é um evento de final de ano para a gente mostrar que a Usina da Paz, durante esses dois meses de funcionamento comemorados hoje, já conseguiu integrar a comunidade. Para comemorar essa data, a gente vai ter diversas atividades nesses dois dias de evento. A Usina é para a comunidade que precisa ocupar e se apropriar dela. Aproveito para informar que ano que vem vamos ter diversas programações e novidades, para que todos possam usufruir”.

Aprendizado - A vendedora Maria de Nazaré Pereira chegou cedo ao espaço multicultural da UsiPaz para assistir à apresentação do filho Thiago, 16 anos, um dos participantes do Sarau. “Eu acho muito importante ter esse tipo de programação aqui no bairro, tanto para os adultos, quantos para esses jovens que estão participando. Ao invés de estarem nas ruas, estão aqui fazendo uma atividade”, disse Maria.

Integrante do grupo de dança, a estudante Katherine Souza, 12 anos, cursa o 7º ano na Escola Estadual Placídia Cardoso. Para ela, “é muito marcante participar dessas atividades. Estamos aqui aprendendo muito. Vamos dançar três músicas no estilo hip hop. É um momento de confraternizar com nossos amigos, também”.

Já a estudante Naiandra Santos, 14 anos, participou do espetáculo teatral. “Já fiz teatro, e está sendo muito legal ter outro olhar com o teatro aqui, com esse projeto. A nossa peça é uma reflexão sobre o racismo e o comportamento humano”, informou.

Serviço: A programação “Natal na UsiPaz”, da Usina da Paz Jurunas/Condor, prossegue até quinta-feira (22), com apresentações do resultado dos cursos de dança do complexo, a partir de 19 h.

Por Paulo Garcia (SEAC)

O projeto será realizado às segundas e quartas, respeitando todos os protocolos de biossegurança em prevenção à Covid-19

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com o Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), que é vinculado à Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), deram início nesta segunda-feira (16), ao projeto literário “Que nem Maré”. A iniciativa tem como intuito promover oficinas de contação de histórias e atividades lúdicas para crianças de 08 a 10 anos de idade e, inicialmente, que residam no bairro da Terra Firme, em Belém.

Neste primeiro momento, devido aos protocolos de biossegurança em prevenção à Covid-19, até 15 crianças por oficina serão assistidas pelo projeto pedagógico. É importante ressaltar que a atividade surgiu para que as crianças pudessem desenvolver alguma atividade  lúdica, criativa e educativa no período de contraturno escolar e não ficassem ociosas em casa.

Aluna do 5º ano do Ensino Fundamental, Amanda Luiza Barros, de 10 anos, conta com alegria que “essa é minha primeira vez aqui, e eu estou adorando, porque gosto muito de ler, desenhar e pintar. As professoras são bem legais e cuidam direitinho da gente. Eu gostei bastante do projeto e quero que ele continue para eu possa vir outras vezes”, enfatizou.

A professora de Língua Portuguesa e coordenadora do projeto, Lília Melo, falou da relevância em se valorizar a identidade sociocultural das crianças que são atendidas pela ação e destacou como esse trabalho vai ajudar na saúde mental dos pequeninos que ficaram bastante tempo em casa, em função da pandemia. Ainda de acordo com a educadora, em breve, ele será expandido e levado para outros bairros beneficiados pelo TerPaz.

“Essa iniciativa busca exaltar a identidade sociocultural dessas crianças através das contações de histórias, com conteúdos literários afro, indígenas e ribeirinhas, que visam reconhecer algo que muitas vezes é criminalizado. Devido ao contexto da pandemia, vamos trabalhar bastante a saúde mental dos pequeninos que, por muitas vezes, ficaram em casa sem infraestrutura para realizarem atividades de esporte e lazer. Portanto, essas primeiras oficinas serão mais de acolhimento e escuta, pois é algo que eles precisam muito no momento”, frisou a educadora.

Atuando como voluntária na oficina literária, Laura Mescouto afirma que “o projeto incentiva as crianças a se encontrarem com sua identidade e descobrirem o seu potencial artístico, valor e pertencimento. Aqui, a gente trabalha não só com a poesia e contação de história, mas falamos sobre senso de coletividade, o que eu sou, o que é a sociedade e o que eu tô fazendo aqui; com essa linguagem, entramos nos assuntos que vão ajudar eles a serem adultos mais conscientes em vários aspectos”, expressou.

A gestora do TerPaz no bairro da Terra Firme, Gabriella Oliveira, disse que o projeto ‘Que nem Maré’, “é uma iniciativa que vai resgatar principalmente as nossas raízes e ancestralidade, por meio das histórias amazônicas, ribeirinhas e afro-indígenas. A partir disso, vamos entender o nosso passado e valorizar cada vez mais os nossos povos”, ressalta.

Na ocasião, a dirigente também pontuou que nesta quarta-feira (18), será dado início às aulas do movimento “Música pela Paz”, que é coordenado pelo professor Príamo Brandão, à exemplo do que já ocorre no bairro da Cabanagem, também na capital paraense. Crianças, jovens e adultos estão aptos a participarem do projeto que vai oportunizar atividades sobre a teoria musical e sua prática, respectivamente.

TERPAZ

O Programa Territórios Pela Paz (TerPaz) consiste na articulação de políticas públicas de inclusão social, com o apoio de secretarias, fundações e órgãos da administração direta e indireta. As ações promovidas por essas entidades têm como objetivo, levar serviços essenciais às populações que residem em bairros dos municípios de Belém (Benguí, Cabanagem, Condor, Guamá, Jurunas, Terra Firme); Ananindeua (Icuí-Guajará) e Marituba (Nova União e São Francisco).

SERVIÇO

Os pais ou responsáveis que estejam interessados em inscrever seus filhos para participarem do projeto “Que nem Maré”, podem se dirigir aos locais das ações, nas seguintes datas, horários e locais:

Segundas - 9h00 - Escola Municipal Gabriel Pimenta, Passagem Souza, 12 - Terra Firme

Quartas - 9h00 - Chalé da Paz, Passagem Comissário, 539 - Terra Firme

Texto: Vinícius Leal (Ascom/Seduc)

Por Governo do Pará (SECOM)