TRABALHO
Com o objetivo de dar andamento ao processo de aprendizagem, iniciado aos 70 anos, Maria de Fátima Santos da Luz recebeu, nesta quarta-feira (20), o certificado de conclusão do curso “Informática Inclusiva para a Terceira Idade”, ofertado pela Carreta da Informática, que faz parte do projeto TerPaz Formação Profissional, do Programa Territórios Pela Paz, do governo do Estado. A cerimônia de certificação foi realizada no teatro da Usina da Paz do bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua.
Também receberam certificados os concluintes dos cursos “Mecânico de Refrigeração”, “Mecânico de Motocicletas”, “Climatização Residencial” e “Assistente Administrativo”, ofertados na UsiPaz. No total, 60 pessoas concluíram os cursos, que são da modalidade Formação Inicial e Continuada (FIC), disponibilizados pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) no TerPaz, programa coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac).
A titular da Sectet, Edilza Fontes, destacou a importância do TerPaz, que tem o objetivo de promover a segurança social por meio de ações inclusivas que proporcionam oportunidade de formação aos moradores dos territórios onde o programa é desenvolvido. “São várias ações inovadoras que buscam a inclusão social por meio da formação das pessoas em áreas que o mercado está precisando imediatamente. São cursos que visam formar naquilo que possa garantir emprego e renda para a população”, declarou a secretária.
Inclusão - Para a realização dos cursos realizados na UsiPaz Icuí-Guajará, a Sectet firmou contrato com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Para definição de quais cursos seriam ofertados, a Sectet e o Senai levaram em consideração a necessidade da comunidade e do mercado de trabalho. “Identificamos a necessidade da oferta dos cursos de assistente administrativo e mecânicas de refrigeração e motocicletas. São áreas em franca expansão e que necessitam de profissionais capacitados”, destacou o diretor do Centro de Educação Profissional Getúlio Vargas, do Senai, Welson Ferreira Corrêa.
O coordenador da Carreta da Informática, Paulo Melo, enfatizou que a carreta oferece todas as condições de aprendizado. “Nós temos a melhor infraestrutura para possibilitar que pessoas que não tiveram ainda contato com a informática possam aprender e se inserir no mundo digital”, ressaltou citando as alunas do curso voltado para pessoas da terceira idade.
Início - Maria de Fátima Santos da Luz, 70, afirma que o curso de informática que concluiu foi apenas o primeiro e que pretende fazer outros. “O que fizemos foi o básico. Eu ainda não tinha contato com essa área. Vou aprendendo e utilizando devagar. Foi um começo”, destacou a dona de casa.
Iêda Luzia Bentes Maciel, 57, está animada com o aprendizado e vai utilizar o conhecimento adquirido no trabalho que desenvolve como artesã. “O curso foi um sucesso. Vou usar no meu trabalho de artesanato e seguir aprendendo mais”, disse.
Quem também vai dar continuidade à formação é Bruna de Cássia Vilhena Teixeira, 33, que concluiu o curso de Assistente Administrativo. Ela é mãe do pequeno Rian Vinícius, que participou dos três meses de curso. “Desde os dois meses de vida ele vem comigo para as aulas. Tive todo o apoio da turma e do professor para concluir o curso. Quero dar continuidade agora com o curso de contabilidade”, planeja Bruna, que pretende, assim, entrar no mercado de trabalho.
Também participaram da cerimônia de entrega dos certificados a representante da Sectet no TerPaz, Maria Lúcia Ohana, e o diretor do projeto TerPaz Formação Profissional, tenente Haelton Costa.
Por Jeniffer Galvão (SECTET)
Ação da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a Fábrica Esperança, tem via dupla: gera renda para trabalhadoras e ajuda na atenção à saúde da população.
Dona Maria de Fátima Braga está desempregada e atualmente trabalha com corte e costura em casa, mas nesse período de pandemia os trabalhos diminuíram. “Os últimos meses foram difíceis porque parou tudo, quase não consegui encomenda”, relatou a costureira. Uma realidade que mudou esta semana.
Ela é uma das 45 costureiras participantes do “Costurando a Paz”, ação coordenada pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a Fábrica Esperança, que iniciou na manhã desta terça-feira (14).
Coordenadora da ação pela Seac, Delma Coelho falou sobre o projeto. “Conseguimos reunir as costureiras que moram nos bairros Guamá, Terra Firme, Jurunas, Cabanagem, Benguí, Icuí-Guajará e Nova União, os sete Territórios pela Paz para participarem do projeto. Elas estão recebendo uma capacitação na Fábrica Esperança e vão produzir cerca de 80 mil máscaras que serão entregues na própria comunidade que elas vivem”.
Cada costureira ganhará uma porcentagem em cima das máscaras produzidas. O secretário Estratégico de Articulação da Cidadania, Ricardo Balestreri, reforça que as ações fortalecem a economia dos territórios e proporcionam os cuidados com a saúde.
“É importante ressaltar que, mesmo em período de pandemia, o programa Territórios Pela Paz vem atendendo a população dos sete territórios, seja prestando auxílio com a entrega de cestas de alimentação, com o reforço no atendimento da Policlínica Itinerante e agora ajudando a economia local, onde o produto final será revertido em benefício aos próprios moradores”, disse o titular da Seac.
A capacitação é realizada em dias alternados e em dois turnos, para evitar aglomeração. Outras medidas de segurança contra a Covid-19 são a medição de temperatura, o uso obrigatório de máscaras e do álcool em gel.
Diretor geral da Fábrica Esperança, Artur Jansen ressaltou a ação da Seac. “Estamos seguindo vários protocolos de segurança para receber a ação, é louvável essa iniciativa da Seac de proporcionar as pessoas do TerPaz a oportunidade de gerar renda, já que a pandemia atingiu vários setores. Estamos muito felizes em poder contribuir com o projeto”.
Costureira e moradora do bairro do Benguí, Euridice Oliveira elogiou o Costurando a Paz. “Fomos bem recebidas aqui, estamos amando todas as orientações para a produção das máscaras, estou muito feliz porque estamos aprimorando nosso trabalho e vai servir para projetos futuros, com certeza”.
Para a costureira Rúbia Tavares, de 39 anos, essa oportunidade chegou na hora certa. “Eu me sinto útil porque além de estar trabalhando para nós mesmos, vamos poder ajudar também outras pessoas que não tem condições de fazer ou comprar uma máscara”.